Pinto Luz apoia recandidatura de Marcelo mas com “pressupostos” - TVI

Pinto Luz apoia recandidatura de Marcelo mas com “pressupostos”

  • AG
  • 30 dez 2019, 17:54
Miguel Pinto Luz

Social-democrata apresentou uma moção com 92 páginas

O candidato à liderança do PSD Miguel Pinto Luz defende a “opção natural” do apoio a uma eventual recandidatura presidencial de Marcelo Rebelo de Sousa, no “pressuposto” de ser “uma força de moderação” e “retirar o país do impasse”.

Na sua moção, com 92 páginas, Pinto Luz escreve que a recandidatura de Marcelo exige uma “vontade individual”, admite ser “expectável” que volte a candidatar-se nas eleições presidenciais de 2021 e que a “opção natural” do partido seja apoiá-lo, embora com alguns “pressupostos”, no “cumprimento dos seus poderes e obrigações constitucionais”.

Esse apoio “será concedido no pressuposto de que o Presidente da República” seja “uma força de moderação na vida política nacional e dê um contributo decisivo para retirar o país do impasse”.

Não pretendemos um chefe do Estado partidarizado, mas insistimos na necessidade de existir um Presidente equidistante que possa ser o fiel depositário do interesse nacional e das aspirações de todos os portugueses”, lê-se na moção “O futuro diz presente” com que o vice-presidente da câmara de Cascais se apresenta às eleições diretas de 11 de janeiro de 2020 para a liderança do PSD.

Pinto Luz analisa ao longo de dezenas de páginas os “desafios” do país na nova conjuntura internacional – da Ásia à União Europeia – e traça depois as opções do PSD para o “próximo ciclo eleitoral”.

Apesar de serem regionais, o PSD deve dar todo o apoio aos sociais-democratas nos Açores, e, para eleições seguintes, as autárquicas, Miguel Pinto Luz traça o objetivo de “voltar a ser o partido mais votado ao nível local e de retomar a liderança da Associação Nacional de Municípios”.

Porque a reconquista do poder governamental passa por uma mobilização e uma dinâmica vencedora nas eleições autárquicas”, justificou, relativamente às legislativas, que, cumprido o calendário se realizam em 2023.

E essa “reconquista do poder” em eleições legislativas, para “pôr fim ao ciclo político dominado pelo PS”, deve acontecer “no mais curto prazo possível”, segundo a moção.

As eleições diretas do PSD realizam-se em 11 de janeiro. São candidatos à liderança o atual presidente do PSD, Rui Rio, o antigo líder parlamentar social-democrata Luís Montenegro e o atual vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz. Se nenhum deles obtiver mais de 50% dos votos, disputa-se a segunda volta, uma semana depois.

Pelo menos 40 mil militantes do PSD com as quotas em dia podem votar nas diretas para escolher o próximo presidente, segundo dados provisórios disponibilizados no "site" do partido após o encerramento dos cadernos eleitorais, em 22 de dezembro.

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