Polémica CGD: Marcelo só fala quando chegar a Portugal - TVI

Polémica CGD: Marcelo só fala quando chegar a Portugal

Marcelo rebelo de Sousa de visita a Cuba

"Se for caso disso, quando chegar a Portugal, logo veremos se faz sentido comentar o que quer que seja, mas aqui não", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, que está na Colômbia

O Presidente da República voltou a recusar comentar no estrangeiro as polémicas relacionadas com a administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e disse que, "se for caso disso" falará do assunto quando chegar a Portugal.

Questionado sobre a polémica em torno da obrigatoriedade ou não de os administradores da CGD entregarem declarações de rendimentos no Tribunal Constitucional, respondeu: "Eu não vou comentar nada sobre política interna no estrangeiro. Sou muito constante e teimoso nessa matéria".

"Portanto, se for caso disso, quando chegar a Portugal, logo veremos se faz sentido comentar o que quer que seja, mas aqui não", completou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas em Cartagena das Índias, na Colômbia, onde se encontra para participar na 25.ª Cimeira Ibero-Americana, que decorre entre hoje e sábado.

O chefe de Estado está fora do país desde terça-feira, quando viajou para Havana, Cuba, onde esteve em visita de Estado, e chegou a Cartagena na quinta-feira à noite. Antes de regressar a Lisboa, estará ainda em Brasília, na 11.ª Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), na segunda e na terça-feira.

Marcelo Rebelo de Sousa, reuniu-se esta sexta, durante cerca de vinte minutos, com o seu homólogo colombiano, Juan Manuel Santos, em Cartagena das Índias, na Colômbia, e convidou-o a visitar Portugal.

"Tive a oportunidade de o convidar a ir a Portugal, e aceitou. Ficou agora de se fixar exatamente a data. Correu muito, muito bem porque há relações bilaterais excecionais entre Portugal e a Colômbia", declarou o chefe de Estado aos jornalistas, no final do encontro, enquanto seguia a pé para um restaurante a alguns quarteirões de distância.

É possível processo de paz na Colômbia "chegar a bom porto"

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou hoje acreditar que é possível o processo de paz na Colômbia "chegar a bom porto", após ter estado reunido com o seu homólogo colombiano, Juan Manuel Santos.

Os dois presidentes reuniram-se antes da sessão de abertura da 25.ª Cimeira Ibero-Americana de chefes de Estado e de Governo.

No final do encontro, Marcelo Rebelo de Sousa disse aos jornalistas que, relativamente ao processo de paz entre o Governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), "o próprio Presidente conhecia e agradecia a posição constante de Portugal apoiante desse processo".

E considerou que a realização desta Cimeira Ibero-Americana na Colômbia "é uma boa coincidência", porque permitirá, "com vozes diferentes e com experiências diferentes, todos contribuírem para mostrar a ajuda, o apoio a um processo de paz que é fundamental para a Colômbia, mas é também fundamental para a região e para o mundo".

Questionado se Juan Manuel Santos lhe deu conta do ponto em que se encontra esse processo de paz, o Presidente da República respondeu: "Sim, sim, mas como imaginam não vou propriamente entrar nesses pormenores".

Contudo, acrescentou que, no seu entender, "não só é possível, como é desejável" que as negociações tenham sucesso.

"Primeiro, existe, de um lado, a política, por outro lado, a diplomacia, a paciência, a imaginação. Com tudo isso somado da parte de todos os envolvidos, é possível chegar a bom porto", defendeu. "Nós acreditamos que sim e esperamos que sim", reforçou.

O chefe de Estado não quis expor a sua análise do processo. Seria "entrar na política interna colombiana", argumentou, acrescentando: "Por muito prazer que me desse do ponto de vista jurídico-político, até como professor de direito, entrar nesses comentários, de facto, não tem sentido".

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