Presidenciais: "Pedirei a reapreciação da legalidade do Chega", diz Ana Gomes - TVI

Presidenciais: "Pedirei a reapreciação da legalidade do Chega", diz Ana Gomes

Candidata às presidenciais de 2021 diz que o Chega "nunca devia ter sido legalizado" e acusa Marcelo Rebelo de Sousa de "está a normalizar um partido racista e xenófobo"

A candidata presidencial, Ana Gomes, reiterou esta segunda-feira em entrevista à TVI e à TVI24 que o Chega "nunca" devia ter sido legalizado porque, "claramente, é um partido com um discurso xenófobo e racista e tem sobretudo um propósito de destruir a democracia".

Na TVI, a candidata assumiu um compromisso: "sendo eleita, uma das atitudes que tomarei será dirigir uma mensagem à Procuradora-Geral da República , que tem obviamente uma delegação junto do Tribunal Constitucional, pedindo uma reapreciação da legalidade do Chega. Não apenas pelo programa , mas também pela sua prática reiterada".

Ana Gomes assumiu ainda que nunca daria posse a um governo PSD/CDS com o apoio parlamentar do Chega.

Há uma grande diferença entre mim e o professor Marcelo Rebelo de Sousa. Nunca replicaria o que ele admite replicar. Quem votar em mim sabe que eu não abdicarei de fazer um juízo político", disse.

Em relação ao debate que vai colocar frente a frente Ana Gomes e André Ventura na TVI, a candidata afasta cumprimentar o líder do Chega com um aperto de mão.

Eu darei um cumprimento sanitário, agora, estender a mão, não. Para esse nem era preciso o contexto sanitário. Eu tenho linhas vermelhas em relação às pessoas a quem aperto a mão"

Sobre esta matéria, Ana Gomes diz que Marcelo "está a normalizar um partido racista e xenófobo".

As críticas à atuação de Marcelo

Ana Gomes acusou ainda o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de "jogos políticos".

Marcelo Rebelo de Sousa é o grande desestabilizador e faz jogos políticos. Ora se encosta ao Governo, como vimos naquele episódio em que ele até assumiu a responsabilidade pela substituição do presidente do Tribunal de Contas, ora puxa o tapete ai Governo", exclamou a candidata.

 

Acho que todos os poderes presidenciais são para ser usados, os que estão na Constituição. Farei claramente a separação de poderes, está claro para mim que quem governa é o Governo, mas não deixarei de exercer uma magistratura de influência e isso pode fazer uma enorme diferença" e promete deixar a sua marca em áreas como a Justiça, Saúde e relações laborais.

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