“Lutaram pelo seu País, com sacrifício da própria vida” - TVI

“Lutaram pelo seu País, com sacrifício da própria vida”

  • Redação
  • PP (atualizada às 14:10)
  • 4 dez 2016, 12:11
Marcelo Rebelo de Sousa

Marcelo Rebelo de Sousa, evocou Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa, como “dois portugueses de exceção”

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, evocou hoje Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa, como “dois portugueses de exceção”, que “lutaram pelo seu País, com sacrifício da própria vida”.

No dia em que se assinala o 36.º aniversário da sua morte na sequência da queda do avião Cessna em que seguiam para o Porto, Marcelo Rebelo de Sousa apresentou as “mais sentidas condolências” às suas famílias, numa mensagem publicada na página da Presidência da República.

“No trigésimo sexto aniversário da tragédia ocorrida em Camarate, em que faleceram o primeiro-ministro, Francisco Sá Carneiro, o ministro da Defesa Nacional, Adelino Amaro da Costa, bem como as suas mulheres, Snu Abecassis e Maria Manuel Simões Vaz da Silva Pires, além do Dr. António Patrício Gouveia e dos dois pilotos da aeronave, apresento às famílias enlutadas as minhas mais sentidas condolências”, afirma na mensagem.

Marcelo Rebelo de Sousa diz que o faz “na convicção de que a verdade não prescreve e de que a passagem do tempo não apaga a memória luminosa dos que perderam a vida em 4 dezembro de 1980”.

“Em nome de Portugal, evoco, neste dia, Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa, dois portugueses de exceção, cidadãos e homens públicos que lutaram pelo seu País, com sacrifício da própria vida”, sublinha.

Na mensagem, o Presidente da República diz ainda que Portugal nunca esquecerá o seu exemplo, “um exemplo de dedicação a Portugal e aos valores da liberdade, da democracia e da justiça social”.

A queda do avião onde viajavam Sá Carneiro e Amaro da Costa já motivou a realização de dez comissões parlamentares de inquérito.

Amaro da Costa e Sá Carneiro são “grandes inspirações”

A presidente do CDS-PP esteve hoje presente em Lisboa numa missa evocativa de Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa, descrevendo ambos, falecidos há 36 anos, como "grandes inspirações" que importa continuar a lembrar.

"São grandes inspirações, quer para o CDS, quer para o PSD, e continuamos a tê-los presentes na nossa memória", disse Assunção Cristas aos jornalistas, no final da cerimónia que aconteceu na Basílica da Estrela.

Amaro da Costa, fundador do CDS, e Sá Carneiro, do PSD, "deram a vida, literalmente, pelo seu país", sublinhou a presidente do CDS, que tinha seis anos quando se deu a queda do avião em Camarate.

"Tinha seis anos quando aconteceu (?) mas lembro-me, é uma das primeiras memórias da nossa atualidade política", declarou.

E concretizou: "Para nós é importante continuar a recordar, agradecer e rezar por eles".

Na cerimónia em Lisboa estiveram outras figuras do CDS, como Nuno Magalhães ou Telmo Correia, e também dirigentes do PSD, casos de Maria Luís Albuquerque, Teresa Leal Coelho ou Teresa Morais.

PSD continua fiel ao legado de Sá Carneiro

O presidente do PSD, Passos Coelho, considerou, entretanto, que a ideia de Sá Carneiro do que deve ser o espaço de afirmação das liberdades públicas e o lutar pelo bem comum se mantém "como raiz identitária" do partido.

No final de uma cerimónia evocativa da morte de Francisco Sá Carneiro realizada em Viseu, Passos Coelho disse não ter dúvidas de que, ao longo dos tempos, o PSD "foi, no essencial, fiel" ao legado deste fundador do partido.

"A frase de Sá Carneiro, de que primeiro vem Portugal e só depois os partidos e cada um de nós, é uma visão que foi decisiva para moldar o comportamento do PSD ao longo de todos estes anos", frisou, em declarações aos jornalistas junto à estátua do antigo primeiro-ministro (falecido a 04 de dezembro de 1980), onde depositou uma coroa de flores.

Passos Coelho referiu que, atualmente, Portugal está melhor do que em 1974, encontrando-se "integrado nos países que na altura representavam para Portugal um modelo de democracia, de bem-estar social, de liberdade".

"Hoje a própria Europa está à procura de se reencontrar num projeto de futuro, que não seja só um projeto de liberdade, de paz e de bem-estar, que possa também responder a desafios importantes que têm de ver com a sua relação com o mundo, com o Mediterrâneo, com o Médio Oriente, com a globalização, com as transformações sociais e económicas que se vivem", afirmou.

O líder do PSD considerou que Sá Carneiro "moldou muito aquilo que é a maneira de estar" do partido, que se implantou "muito de acordo com aquilo que as pessoas, de um modo geral", pensavam dele.

"Foram anos breves, mas particularmente intensos, de afirmação da democracia, do projeto democrático em Portugal, para o qual ele contribuiu de uma forma decisiva e também para uma visão do PSD, que permaneceu ao longo de todos estes anos, que não soma as visões mais egoístas seja do eleitorado, seja das corporações, seja das classes sociais", acrescentou.

Segundo o antigo primeiro-ministro, "o PSD assumiu-se como um partido interclassista, que, de acordo com esta visão original de Sá Carneiro, olha para a sociedade portuguesa e para o país e procura sempre avaliar o que é o interesse comum, o bem comum, e trabalhar para ele".

"Temos que ter a capacidade de olhar para aqueles que estão à nossa volta e de ver além dos nossos interesses mais imediatos. E esse foi o grande legado do dr. Sá Carneiro, na fundação do nosso partido, mas daquilo que é também uma maneira de estar na política e de ver a sociedade", sublinhou.

Passos Coelho lembrou que "normalmente, quer o PSD, quer o CDS, evocam sempre o dia da morte do dr. Francisco Sá Carneiro e do engenheiro Adelino Amaro da Costa", que foram "personalidades extraordinárias que marcaram muito a vida política nacional".

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