PSD quer que PS alinhe pelo discurso «transparente» de Costa - TVI

PSD quer que PS alinhe pelo discurso «transparente» de Costa

Marco António Costa (PAULO CUNHA/LUSA)

No discurso à comunidade chinesa, líder do PS «viu bem a realidade» e afirmou-a «de forma transparente», diz Marco António Costa

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O vice-presidente do PSD Marco António Costa defendeu, esta sexta-feira, que o Partido Socialista «tem de saber alinhar» pelo discurso do secretário-geral, António Costa, que, no discurso à comunidade chinesa, «viu bem a realidade» e afirmou-a «de forma transparente».

«Julgo que o restante PS tem de saber alinhar pelo discurso de António Costa porque se há alguém que viu bem a realidade e a afirmou de forma transparente e cristalina foi António Costa na declaração que fez à comunidade chinesa no evento em que participou», afirmou o social-democrata durante uma visita ao evento Essência do Vinho, no Porto.

Marco António Costa frisou que com as suas declarações não pretende «provocar qualquer problema adicional na discussão interna que se instalou dentro do PS», destacando que «acima de tudo» as declarações do líder socialista «comprovam a realidade que a maior parte dos portugueses percecionam e conhecem».

«Aquilo que António Costa afirmou perante a comunidade chinesa comprova-se hoje pelos números do desemprego ou pelos números do crescimento económico», frisou o porta-voz do PSD para quem «também é tempo de o PS ter esta sinceridade institucional de dizer publicamente aquilo que sente e aquilo que pensa».

Marco António Costa recordou ainda a declaração do líder parlamentar Luís Montenegro que «classificou convenientemente as palavras [de António Costa ao dizer que] que lhe fugiu a boca para a verdade».

«E essa afirmação só enobrece António Costa, não lhe retira nenhuma mais-valia de natureza política e julgo que também era tempo de na política em Portugal os políticos reconhecerem a realidade», sustentou.

O vice-presidente do PSD aproveitou para pedir «honestidade política» ao PS, PCP e BE que «tanto criticaram» algumas medidas do Governo «dizendo que eram assistencialistas» e que hoje «enchem a boca a dizer que [na Grécia] são grandes medidas de grande profundidade social».

Para o social-democrata aqueles partidos deveriam reconhecer «que aquilo que estão a apoiar na Grécia foi aquilo que se fez em Portugal e que corresponde exatamente a uma resposta digna, adequada e apropriada aos problemas que se teve de enfrentar», frisou.
 
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