Que este Governo “não estrague” o que fez o anterior - TVI

Que este Governo “não estrague” o que fez o anterior

  • Redação
  • PP - Atualizada às 17:52
  • 6 dez 2015, 15:09
Marco António Costa (Fonte: Facebook oficial PSD)

Desejo foi deixado este domingo pelo vice-presidente do PSD, Marco António Costa

O vice-presidente do PSD, Marco António Costa, disse hoje esperar que o novo Governo do PS "não estrague" aquilo que foi feito pelo anterior liderado por Pedro Passos Coelho.
 

"Este Governo do PS e da esquerda, que não estrague aquilo que foi feito pelo Governo que o antecedeu", afirmou o dirigente social-democrata, referindo-se à situação global em que o Governo anterior (PSD/CDS-PP) deixou Portugal.


Marco António Costa falava na Guarda, na sessão de encerramento da segunda edição da Academia do Poder Local realizada pelo PSD e pelos Autarcas Social-Democratas, com 71 participantes de todo o país, com idades entre os 24 e os 65 anos.

Na sua intervenção, o vice-presidente do PSD recordou que o anterior Governo deixou "mais de sete mil milhões de euros de almofada para a gestão da dívida pública".
 

"Se o país tiver uma aflição, tem mais de sete mil milhões de euros de reservas, que é uma almofada financeira para a gestão da dívida pública. Bem diferente da situação em que nós recebemos o país, que não tínhamos almofada para rigorosamente nada, pousávamos a cabeça na pedra dura das dívidas que nos tinham deixado e de um país à beira da bancarrota"


Disse que o novo executivo liderado por António Costa tem hoje "uma almofada de mais de sete mil milhões de euros para qualquer eventualidade".

"Mas mais do que isso, até ao final do ano têm 62 milhões de euros de dotação previsional para qualquer situação imprevista. E, por isso, se não mexerem, se não estragarem, os três por cento [de défice] serão atingidos sem grande dificuldade", vincou.

O dirigente social-democrata disse ainda que o tempo é agora de responsabilidade para todos: "Para os que tomaram o poder de assalto, para os que são o Governo do parlamento e os Governos dos Ministérios e para nós que estaremos na oposição a fiscalizar a defesa do interesse nacional e a garantir que eles não estraguem aquilo que nós fizemos em 1610 dias de trabalho e de sacrifício dos portugueses".
 

"Foram muitos dias de angústia, muitos dias de dor de cabeça, muitos dias de incerteza, para construirmos um país que encontrámos agora em 2015 numa situação completamente distinta daquela que tínhamos em 2011"


Marco António Costa referiu também que da discussão do programa do Governo, conclui que "hoje em Portugal não existe um Governo mas existem dois Governos: o Governo que está nos Ministérios e o Governo que está na Assembleia da República".
 

"Esses dois Governos fingem estarem entendidos sobre aquilo que é essencial, mas o Governo dos Ministérios que é presidido e que é chefiado pelo doutor António Costa, não é o mesmo Governo da Assembleia da República que é liderado pela doutora Catarina Martins"


Segundo o vice-presidente do PSD, hoje o país tem "dois chefes de Governo" e "isto não seria grave se o país não precisasse de ter estabilidade, de ter confiança e de continuar o ritmo de crescimento e o ritmo de desenvolvimento social que tem conseguido nestes últimos tempos".
 

Vítimas da "artimanha" do PS


Marco António Costa diz que o Governo de Passos Coelho foi vítima da "artimanha" do PS e que o partido, ao contrário do que outros fizeram na oposição, irá ajudar o país "a resolver os seus problemas".

"Nós fomos tão vítimas como os portugueses de uma artimanha montada nas costas dos portugueses para conquistar o poder não pelo voto, mas por arranjos políticos ou administrativos dentro do parlamento. E isto tem que ficar claro para todos os portugueses que nos depositaram a sua confiança", afirmou Marco António Costa.


Marco António Costa disse ainda que o PSD é um partido "responsável" e que se bate por princípios e dentro dos princípios que defende, "o respeito impecável pela democracia" é "fundamental".

Observou que "ficou claro para todos os portugueses" que só não foi possível obter do PS o apoio indispensável para uma maioria parlamentar "porque o PS desde a primeira hora estava com uma reserva mental e tinha montado esta artimanha para chegar ao poder não pelo voto e pela confiança dos portugueses", mas "por arranjo administrativo-político-partidário no Parlamento".

Marco António Costa disse no entanto que "a situação bizarra que sob o ponto de vista político hoje o país vive", não deve impedir o PSD de assumir "integralmente" as responsabilidades na oposição.

"Nós serviremos os portugueses onde tivermos que os servir: no poder ou na oposição. Contrariamente a muitos outros partidos que quando estão na oposição se recusam em colaborar com o país e em ajudar o país a resolver os seus problemas", assegurou.


Segundo o vice-presidente do PSD, para o partido "é claro que este Governo tem um pecado original, que é o pecado de não ter sido escolhido pelos portugueses e de não ter sido explicado aos portugueses no período de campanha eleitoral que este cenário se construiria se houvesse uma maioria de esquerda no somatório de todos os votos dos partidos que estão à nossa esquerda".

 
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