Vera Jardim: "populismo" e "agentes do PS" levaram a queda de Belém - TVI

Vera Jardim: "populismo" e "agentes do PS" levaram a queda de Belém

  • Sofia Santana
  • 24 jan 2016, 20:34

Socialista voltou a criticar o "populismo demagógico" que assombrou os últimos dias de campanha de Maria de Belém, por causa da polémica sobre as subvenções

Na sede de campanha de Maria de Belém, Vera Jardim foi o primeiro a reagir aos resultados das projeções, que dão a vitória a Marcelo Rebelo de Sousa à primeira volta e o quarto lugar à ex-presidente do PS atrás de Marisa Matias. O socialista afirmou que uma "vaga de populismo demagógico, cavalgada e incentivada pelos outros candidatos" - referindo-se à polémica das subvenções vitalícias dos políticos -, foi responsável pelos resultados que estão a ser divulgados, bem como a posição dos "principais agentes políticos do PS e membros do Governo" - os apoiantes de Sampaio da Nóvoa.

"É visível que a entrada em campanha de uma vaga de populismo demagógico cavalgada e incentivada pelos outros candidatos teve efeitos enormes na capacidade da candidatura em consolidar e melhorar os resultados das sondagens até então efetuadas."


Vera Jardim culpou os "agentes do PS e membros do Governo" que apoiaram Sampaio da Nóvoa, que terá sido, no seu entender, "interpretada como a posição oficiosa do PS, ao arrepio da decisão da Comissão Política do partido".


"Não se pode ignorar que a tomada de posição pública de muitos dos principais agentes do PS e membros do Governo foi interpretada como sendo a posição oficiosa do PS, ao arrepio da decisão da Comissão Política." 


O socialista sublinhou que Maria de Belém, ao contrário dos outros candidatos, não prometeu o que não cumprir, e que a sua campanha foi feita "com dignidade e pela dignidade".

 
"Maria de Belém teve a coragem de opor a pedagogia democrática ao populismo fácil e demagógico. Tentou uma campanha de temas e preocupou-se em aprofundar o papel do Presidente da República. Recusou-se, ao contrário de outros candidatos a prometer o que não pode fazer. Uma coisa é certa, foi uma campanha com dignidade e pela dignidade."

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