"É visível que a entrada em campanha de uma vaga de populismo demagógico cavalgada e incentivada pelos outros candidatos teve efeitos enormes na capacidade da candidatura em consolidar e melhorar os resultados das sondagens até então efetuadas."
Vera Jardim culpou os "agentes do PS e membros do Governo" que apoiaram Sampaio da Nóvoa, que terá sido, no seu entender, "interpretada como a posição oficiosa do PS, ao arrepio da decisão da Comissão Política do partido".
"Não se pode ignorar que a tomada de posição pública de muitos dos principais agentes do PS e membros do Governo foi interpretada como sendo a posição oficiosa do PS, ao arrepio da decisão da Comissão Política."
O socialista sublinhou que Maria de Belém, ao contrário dos outros candidatos, não prometeu o que não cumprir, e que a sua campanha foi feita "com dignidade e pela dignidade".
"Maria de Belém teve a coragem de opor a pedagogia democrática ao populismo fácil e demagógico. Tentou uma campanha de temas e preocupou-se em aprofundar o papel do Presidente da República. Recusou-se, ao contrário de outros candidatos a prometer o que não pode fazer. Uma coisa é certa, foi uma campanha com dignidade e pela dignidade."