"BE e PCP têm entendimento pleno sobre matérias que são cruciais" - TVI

"BE e PCP têm entendimento pleno sobre matérias que são cruciais"

  • Sofia Santana
  • 6 nov 2015, 22:24

Mariana Mortágua diz que o acordo entre o PS e partidos mais à esquerda é "sólido, consistente e estável" e responde aos anseios de Cavaco Silva

Mariana Mortágua diz que o BE e o PCP têm um “entendimento pleno, amplo” sobre “todas as matérias cruciais do ponto de vista orçamental” e que o acordo que existe entre o PS e os partidos mais à esquerda é "sólido, consistente e estável", destacando as "convergências profundas" ao nível programático. A deputada do Bloco rejeitou, esta sexta-feira, na TVI e TVI24, a ideia de que a existência de vários acordos à esquerda representa uma solução governativa instável, assegurando precisamente o contrário.

“O BE e o PCP têm um entendimento pleno, amplo sobre quase todas as matérias que são cruciais do ponto de vista orçamental. Nas matérias em que o PCP e o BE não se entendem PSD e CDS também não se entendem e isso nunca foi problema. Dizer que há duas negociações a decorrer não significa que não haja um acordo entre os partidos e que esse acordo não seja sólido, consistente e estável.”


Num debate no Jornal da 8 e na 21ª Hora, que contou também com o deputado do CDS Adolfo Mesquita Nunes, a bloquista sublinhou que, "mais do que questões práticas", este acordo inclui "um compromisso político" que prevê a reposição gradual dos rendimentos e a defesa do Estado social. E "responde aos anseios do Presidente da República", acrescentou.

“Este é um acordo político. Não estamos a falar apenas de questões práticas e medidas concretas que defendemos. Este acordo político prevê condições de estabilidade e de garantia dessa estabilidade mediante o cumprimento de condições políticas.”


A garantia de Mariana Mortágua surgiu em resposta às palavras de Adolfo Mesquita Nunes, que criticou a existência de vários acordos à esquerda. O centrista questionou a estabilidade de uma aliança que não assina um único documento, entendendo que isto significa que os partidos não estão, afinal, todos de acordo.

"Há uma coisa que sabemos já. A partir do momento em que não há um acordo e há três acordos uma coisa é clara: não estão todos de acordo sobre as mesmas coisas, sobre o mesmo ritmo e sobre o mesmo programa caso contrário assinariam o mesmo documento."

Sobre as medidas que estiveram em cima da mesa das negociações entre o PS e o BE, Mortágua deixou claro que se tratam de propostas neutrais do ponto de vista orçamental.

“São medidas neutrais do ponto de vista orçamental: onde vamos aumentar despesa propomos rubricas de redução de despesa ou aumento de receita."


 
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