Não será pelo Bloco que "a direita estará no poder" - TVI

Não será pelo Bloco que "a direita estará no poder"

Mariana Mortágua voltou hoje a desafiar o PS para uma solução de Governo que “rompa com a austeridade”

A dirigente do BE Mariana Mortágua voltou hoje a desafiar o PS para uma solução de Governo que “rompa com a austeridade”, reiterando que não será pelo seu partido que "a direita estará no poder" com minoria parlamentar.
 

“Não será pelo Bloco de Esquerda [BE] que teremos em Portugal um Governo de direita assente numa minoria parlamemtar de direita”, disse hoje à noite a dirigente bloquista à Lusa, numa declaração em que reiterou "o desafio ao Partido Socialista [PS] para criar as condições para uma solução governativa, estável,” que "respeite a vontade dos três milhões de eleitores que rejeitaram claramente política de austeridade”.


Mariana Mortágua falou após a declaração do Presidente da República ao país, em que Cavaco Silva anunciou que encarregou o líder da coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP) e ainda primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, de desenvolver diligências para avaliar as possibilidades da constituição de Governo.

Para Mariana Mortágua, o que o chefe de Estado fez foi “pressão para um Governo de direita”, criticando que este tivesse falado antes de publicados os resultados oficiais das legislativas do último domingo e sem ter ouvido todos os partidos que terão assento na Assembleia da República.

Aquela que foi a cabeça-de-lista do BE por Lisboa, criticou ainda o presidente por ter dito que o novo Governo devia dar garantias firmes de que respeitará os compromissos internacionais assumidos pelo Estado, uma vez que “não cabe ao Presidente da República nesta fase do processo dizer quais os compromissos internacionais ou europeus a cumprir”, mas, sim, respeitar a Constituição da República.

Na declaração de hoje à noite ao país, Cavaco Silva, que esteve hoje uma hora reunido com Passos Coelho, adiantou que não vai substituir-se aos partidos políticos no processo de formação do futuro executivo, mas sublinhou que este "é o tempo do compromisso" e a cultura da negociação deverá estar sempre presente.
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