As homenagens a Soares na sede do PS - TVI

As homenagens a Soares na sede do PS

Maria de Belém foi uma das primeiras a chegar e recordou a memória de "quem esteve sempre" onde era preciso por Portugal

A sede nacional do PS, em Lisboa, abriu este domingo pelas 10:00 para receber personalidades do partido e anónimos cidadãos que queiram prestar homenagem a Mário Soares, falecido no sábado, aos 92 anos.

Na fachada do edifício do PS, no Largo do Rato, decorre a montagem de imagens do fundador do partido e antigo chefe de Estado, e pelas 11:20 tinham sido já algumas as dezenas de pessoas que haviam entrado na sede socialista para assinar um livro de condolências em homenagem a Soares.

A antiga presidente do PS Maria de Belém foi uma das primeiras a chegar, evocando a memória de "quem esteve sempre" onde era preciso por Portugal.

Essa dívida de gratidão não morrerá", acrescentou a socialista, que concorreu no ano passado às eleições presidenciais.

Jorge Lacão, vice-presidente da Assembleia da República, enalteceu por sua vez o legado do fundador do PS para a "história moderna" de Portugal.

Mário Soares morreu no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, onde estava internado há 26 dias, desde 13 de dezembro.

O Governo decretou três dias de luto nacional, a partir de segunda-feira.

O corpo do antigo Presidente da República vai estar em câmara ardente no Mosteiro dos Jerónimos a partir das 13:00 de segunda-feira, e o funeral realiza-se a partir das 15:30 de terça-feira, no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.

Nascido a 7 de dezembro de 1924, em Lisboa, Mário Alberto Nobre Lopes Soares, advogado, combateu a ditadura do Estado Novo e foi fundador e primeiro líder do PS.

Após a revolução do 25 de Abril de 1974, regressou do exílio em França e foi ministro dos Negócios Estrangeiros e primeiro-ministro entre 1976 e 1978 e entre 1983 e 1985, tendo pedido a adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1977, e assinado o respetivo tratado, em 1985.

Em 1986, ganhou as eleições presidenciais e foi Presidente da República durante dois mandatos, até 1996.

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