“Perdemos hoje aquele que foi o rosto e voz da nossa liberdade”. O primeiro-ministro reagiu a partir da Índia, onde se encontra para uma visita de seis dias, à morte de Mário Soares. Não irá estar presente no funeral, que se realiza na terça-feira, mas lamenta a "perda insubstituível".
"Mário Soares foi um homem que durante toda a sua vida se bateu pela liberdade. Fê-lo contra a ditadura e, com isso, sofreu a prisão, sofreu a deportação, sofreu o exílio", afirmou António Costa.
O primeiro-ministro defendeu ainda que é "a ele [Mário Soares] que lhe devemos ter salvo a revolução e também ter sabido pôr fim ao colonialismo, tal como a integração europeia de Portugal".
Por isso mesmo, defende, "a perda de Mário Soares é a perda de alguém que teria sido insubstituível na nossa história recente. Devemos-lhe muito e ficamos para sempre eternamente gratos"
À família e amigos de Mário Soares expressou "os seus mais profundos sentimentos". Reafirmando que o ex-Presidente "deu um contributo único e insubstituível para sermos hoje um pais livre democrático e europeu".
O primeiro-ministro anunciou ainda que o Governo decretou três dias de luto nacional, a partir de segunda-feira e funeral com honras de Estado.