Cabeças de lista pedem aos portugueses para saírem de casa e irem votar - TVI

Cabeças de lista pedem aos portugueses para saírem de casa e irem votar

  • CE
  • 26 mai 2019, 11:38

Os cabeças de lista dos principais partidos às europeias votaram todos esta manhã

Pedro Marques (PS): “Votem pela Europa e pela democracia”

O cabeça de lista do PS às eleições europeias apelou, este domingo, aos portugueses para saírem de casa e “votem pela Europa e pela democracia”, lembrando o quanto este direito “custou a ganhar”.

A abstenção é, de facto, o maior adversário dos europeístas e democratas e, por isso, o direito que demorou e custou tanto a ganhar em Portugal deve ser exercido. Esse é o principal apelo aos portugueses hoje: é que votem pela Europa e pela nossa democracia”, advertiu Pedro Marques.

O cabeça de lista socialista falava aos jornalistas após ter exercido o direito de voto, juntamente coma sua mulher Cecília Seixas Pedroza, cerca das 10:30, na Escola o Valbom, em Alcochete, no distrito de Setúbal, revelando que se mantém “confiante”, mas que o apelo ao voto neste momento é o mais importante.

Não deixem de exercer este direito que é tão importante e foi tão difícil de conquistar”, relembrou, acrescentando que o voto pela Europa fará diferença no país durante os próximos cinco anos.

Pedro Marques adiantou ainda que, por agora vai manter-se em família, mas ao final da tarde seguirá para a sede do PS, no Largo do Rato, e depois para o hotel Altis, onde acompanhará os resultados das eleições.

Marisa Matias (BE): "Há sempre muitas razões para votar e não encontro nenhuma para não o fazer”

A primeira candidata do Bloco de Esquerda (BE) às eleições europeias, Marisa Matias, defendeu este domingo, em Coimbra, que “há sempre muitas razões” para votar e que não há nenhum motivo para não o fazer.

Acho que existem sempre razões para votar, há sempre muitas razões para votar e não encontro nenhuma para não o fazer”, disse Marisa Matias aos jornalistas depois de, pelas 09:30, ter exercido o seu direito de voto, na Escola Secundária Avelar Brotero, em Coimbra.

Para a cabeça de lista do BE, “é tempo de as pessoas virem [votar para] tomarem o futuro nas suas mãos e não deixarem nas mãos de outros” as suas escolhas porque “a democracia fica sempre incompleta de cada vez que as pessoas deixam que outros decidam por elas”.

O que é mesmo importante é que as pessoas venham, que se mobilizem, que votem e que queiram decidir sobre aquilo que vamos decidir nos próximo cinco anos” no Parlamento Europeu, sintetizou Marisa Matias.

 

O futuro será sempre melhor decidido” quando “as pessoas o tomarem nas suas mãos e participarem” e, “nesse sentido”, a candidata do Bloco de Esquerda concorda com a mensagem do Presidente da Republica, apelando à participação dos portugueses nas eleições de hoje, concluiu.

João Ferreira (CDU): europeias são "momento fundamental" da vida das pessoas

O cabeça de lista da CDU às eleições europeias, João Ferreira, apelou este domingo aos portugueses para que votem, lembrando que este é também um “momento fundamental” para o futuro das suas vidas.

Num país onde a abstenção é das mais elevadas na Europa - mais de metade dos portugueses não exerce este direito - João Ferreira apelou à participação de todos: “O dia de hoje convida a fazer muitas coisas, por isso apelo a que, antes, venham votar”.

O candidato comunista ao Parlamento Europeu pela CDU chegou à mesa 11 da Escola Básica 2,3 Prof Lindley Cintra / Escola Secundária do Lumiar, em Lisboa, para exercer o seu direito de voto.

Em declarações aos jornalistas, João Ferreira recusou as críticas feitas ao longo da campanha de os partidos políticos terem abordado apenas questões nacionais, deixando de lado os temas da Europa.

O cabeça de lista lembrou que “as grandes questões nacionais têm relação com as decisões da União Europeia”.

Além disso, disse esperar que a CDU tenha dado “um contributo” para a elucidação dos assuntos assim como os candidatos comunistas tenham sido “esclarecedores e informadores”.

Paulo Rangel (PSD): "Estas eleições são decisivas para o quotidiano dos portugueses dos europeus"

O cabeça de lista do PSD às europeias, Paulo Rangel, apelou ao este domingo ao voto, frisando que estas eleições são "decisivas para o quotidiano" dos portugueses e dos europeus.

Desejo profundamente que as pessoas se mobilizem porque estas eleições são muito relevantes. Há uma certa distância das instituições, em Portugal também acontece, mas estas eleições são decisivas para o quotidiano das portuguesas e portugueses e europeus em geral. É muito importante que não deixem a decisão para outros e vão votar. Votem em consciência. A visão de cada um é soberana, mas votem", disse Paulo Rangel.

O candidato social-democrata falava aos jornalistas depois de votar na Escola Básica de 1.º Ciclo da Pasteleira, no Porto, onde chegou cerca das 10:30, tendo-se cruzado com alguns eleitores, entre eles uma senhora que se queixou das condições de acesso à secção de voto.

O acesso com mobilidade reduzida está muito dificultado aqui particularmente", disse depois Rangel quando falava aos jornalistas, após admitir o seu receio sobre o novo sistema de voto europeu que implica um registo automático para residentes fora do país.

 

Desejo que a abstenção não suba. Temos um problema técnico que é o aumento [de eleitores] com as pessoas que residem fora do país que passaram a ter um registo automático. Sempre que há uma mudança, esta gera alguma perturbação, mesmo que seja para melhor. Admito alguma confusão. As pessoas que estão em casa têm de se mobilizar para votar", referiu.

O cabeça de lista do PSD, que vai acompanhar a noite eleitoral num hotel no Porto, com o líder do partido, Rui Rio, revelou que pretende passar a tarde de com a família "a descansar" e chegar "ao quartel general lá para o fim da tarde".

Nuno Melo (CDS-PP): "É o projeto europeu que está em causa"

O cabeça de lista do CDS-PP às eleições europeias alertou este domingo que neste ato eleitoral "é o projeto europeu que está verdadeiramente em causa", apelando ao voto, até como forma de Portugal "dar um sinal" à Europa.

Nuno Melo exerceu o seu direito de voto em Joane, freguesia da qual é natural, e em declarações aos jornalistas lembrou que "é graças aos fundos comunitários" que muito se pode fazer em Portugal.

Em 2019 é o projeto europeu que está verdadeiramente em causa. E quando falo do projeto europeu falo do essencial que interessa ao desenvolvimento de países tão dependentes com Portugal", alertou.

Acrescentou que "é graças a fundos comunitários" que se "rasgaram pontes, estradas, universidades e escolas".

Mostrando-se preocupado com a abstenção e apontando que "hoje infelizmente é um dia muito soalheiro", Nuno Melo pediu à população que votasse.

Peço às pessoas é que antes de irem para a praia ou depois, venham votar. O apelo é ao voto, não é em mim, hoje estaria proibidíssimo de fazer apelo ao voto próprio, mas seria importante até que Portugal desse em sinal à Europa numa redução de taxas de abstenção que são em regra próximas dos 60% e nos jovens 80%", refletiu.

Sobre o boicote numa freguesia de Montalegre, como forma de protesto contra a exploração de lítio, onde a Junta de Freguesia esteve fechada a cadeado mas foi entretanto aberta, tornando o voto possível, Nuno Melo lamentou.

Os boicotes às urnas nunca são normalmente grande forma de protestar porque as pessoas prescindem sobre a sua própria capacidade de decidir sobre um bem comum", avisou.

Francisco Guerreiro (PAN): estas eleições são "importantes para o país e para a europa"

O cabeça de lista do PAN, Francisco Guerreiro, votou esta manhã pelas 09:52 em Alcabideche, deixando um apelo à mobilização dos eleitores nas eleições que, sublinhou são "tão importantes para o país e para a Europa".

Viemos exercer o nosso direito de voto e aquilo que temos apelado é que, acima de tudo, as pessoas participem nestas eleições tão importantes para o país e para a Europa", disse Francisco Guerreiro aos jornalistas.

Acompanhado pela família, o candidato frisou que durante toda a campanha apelou à participação dos eleitores.

A nossa campanha também foi direcionada para isso, a apelar, acima de tudo, que as pessoas participassem, que escolhessem quem melhor os representa na Europa", afirmou.

Questionado sobre uma possível surpresa positiva esta noite, respondeu: "Temos trabalhado para isso, ao longo não só destes meses, mas dos últimos anos, é um trabalho que temos vindo a fazer, com rigor, com qualidade, apresentando propostas muito concretas".

É o exercício que também temos apelado a que os outros partidos façam, mais do que andar em guerrilhas políticas, que apresentem as suas propostas e soluções, e, depois, obviamente as pessoas podem escolher quem melhor os representa", disse.

Francisco Guerreiro revelou que vai passar o dia em família, num evento vegetariano, no concelho de Cascais.

Marinho e Pinto (PDR): "A Europa está ameaçada"

O cabeça de lista do Partido Democrático Republicano (PDR) nas eleições europeias, António Marinho e Pinto, disse este domingo que é preciso votar para defender a democracia, a liberdade e a paz na Europa, que considerou estarem ameaçadas.

A Europa está ameaçada e quando dizemos que a Europa e a União Europeia estão ameaçadas é a democracia, é a liberdade, é o pluralismo, é a paz que está ameaçada”, defendeu Marinho e Pinto, que falava aos jornalistas depois de ter votado na Escola Secundária José Falcão, em Coimbra.

 

Há pulsões belicistas muito fortes dentro da Europa, há pulsões liberticidas, há pessoas e poderes da Europa que não convivem com a liberdade nem com o pluralismo e, portanto, votar, independentemente do partido em que se vota, é, em si, um ato que, mais do que o projeto europeu, reforça a democracia na Europa, reforça o pluralismo, a liberdade e a paz”, afirmou.

Esse “é o grande bem que a Europa conseguiu nos últimos 70/80 anos e que infelizmente as novas gerações não valorizam”, sustentou o cabeça de lista do PDR.

Quem nasce e vive em paz dá “pouco valor à paz”, acrescentou o candidato a novo mandato no Parlamento Europeu (PE), defendendo que é necessário “recordar as tragédias que a Europa teve na sua história, as tragédias, as hecatombes do século XX” que ela “provocou no seu interior e no mundo”, para se valorizar “este projeto de paz, de liberdade, de prosperidade, de desenvolvimento”.

“muitas críticas a fazer à Europa”, mas há uma base em relação à qual “estamos de acordo”, defendeu Marinho e Pinto.

Para combater a abstenção, disse que devem ser debatidos os problemas europeus e não “andar com falsas divergências, não andar com teatralizações grotescas sobre os problemas dos europeus” e “discutir a Europa no que ela tem de verdadeiramente importante”.

Os partidos não devem utilizar “o poder para beneficiarem as suas clientelas, mas para beneficiarem os povos” que os elegeram, disse ainda Marinho e Pinto, salientando que os jornalistas e os meios de comunicação social também têm um papel muito importante.

É preciso que a comunicação social, o jornalismo seja realmente um contrapoder e não uma espécie de cortesão do poder”, realçou Marinho e Pinto, para quem não há “poder democrático se não houver uma comunicação social que se assuma como contrapoder”.

Sobre a mensagem de sábado do Presidente da República apelando à participação dos portugueses nas eleições de hoje, Marinho e Pinto disse que esta “é das poucas coisas com que está de acordo” com Marcelo Rebelo de Sousa “nos últimos meses ou até durante o seu mandato.

Cerca de 10,7 milhões de eleitores são, este domingo, chamados a eleger os 21 deputados portugueses ao Parlamento Europeu, numas eleições a que concorrem 17 listas.

Votam para as eleições ao Parlamento Europeu cerca de 400 milhões de cidadãos dos 28 países da União Europeia, que elegem, no total, 751 deputados.

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