Santos Silva diz que PSD é «partido troca-tintas» - TVI

Santos Silva diz que PSD é «partido troca-tintas»

  • Portugal Diário
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  • 7 abr 2008, 19:13
Augusto Santos Silva, ministro dos Assuntos Parlamentares

Dirigente do Partido Socialista fala em «ataques pessoais» por parte de Luís Filipe Menezes

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[ACTUALIZADO ÀS 22H15

O ministro da Presidência e Assuntos Parlamentares Augusto Santos Silva acusou Luís Filipe Menezes de ter feito no congresso do PSD/Madeira «ataques pessoais inqualificáveis» e de liderar um partido «troca-tintas», escreve a agência Lusa. Falando no final da reunião do Secretariado Nacional do PS, o dirigente nacional recusou-se no entanto a identificar quem tinha sido objecto de «ataques pessoais».

Em conferência de imprensa, Santos Silva acusou o líder do PSD de «tentar disfarçar a sua falta de coerência e de credibilidade política com ataques pessoais, que, do ponto de vista do PS, são inaceitáveis e inqualificáveis». Não quis identificar o alvo: «Há uma diferença de limiar em que nós [PS] situamos a actividade política - e não me peçam que saia do limiar da actividade política em que gosto de me situar. Entendemos que o debate democrático é fundamental, que esse debate deve ser vivo e combativo, duro e frontal, mas esse debate deve ser entre orientações políticas e propostas políticas».

Para Santos Silva, «quem derrapa para ataques pessoais apenas tenta esconder a vacuidade das suas propostas políticas e a falta de argumentos políticos».

Luís Filipe Menezes afirmou domingo, no encerramento do congresso do PSD/Madeira, referindo-se a si próprio, que o PSD tem hoje «um líder nacional carregado de defeitos». «Tem o defeito de se ter licenciado em Medicina muito cedo, fazendo os exames todos, na altura própria, numa universidade do Estado. Tem o defeito de nunca ter assinado receitas de nenhum colega», acrescentou.

PSD reage

O dirigente social-democrata Rui Gomes da Silva lamentou, entretanto, as afirmações «gratuitas e infundadas» de Augusto Santos Silva e ripostou: «Ataques pessoais têm sido desferidos ao líder do PSD pelo Governo [PS] e por quem obedece às suas ordens».

«Que legitimidade tem o ministro para falar de ziguezagues quando o Governo quer a Ota [aeroporto] e no dia seguinte defende Alcochete, que num dia diz que o ministro da Saúde é para continuar e no dia seguinte manda embora esse ministro, que num dia critica a proposta de descida de impostos do PSD, apelindado-a de leviana e irresponsável, para no mesmo dia anunciar essa descida?», questionou o dirigente social-democrata.
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