Estado social: BE bem tentou mas Relvas não falou - TVI

Estado social: BE bem tentou mas Relvas não falou

Bloco de Esquerda critica ausência de «ministro generalista» na interpelação sobre funções do Estado

O deputado bloquista Luís Fazenda afirmou, esta quinta-feira, que a interpelação do PEV sobre as funções sociais do Estado exigiria a presença de um «ministro generalista» e não um ministro setorial, desafiando Miguel Relvas a intervir no debate.

«O debate era sobre as funções sociais do Estado, um tema geral, exigiria um ministro generalista, que respondesse pela globalidade das funções sociais do Estado e não um ministro setorial que vem aqui falar da sua pasta», criticou.

O Governo fez-se representar na interpelação parlamentar do Partido Ecologista Os Verdes sobre as funções sociais do Estado pelo ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, pelo ministro da Educação, Nuno Crato, pela ministra da Agricultura, Assunção Cristas, e pelo secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Marco António Costa.

No entanto, o primeiro governante a intervir foi o ministro da Educação, sendo a primeira ronda dominada pelo debate sobre a situação no setor.

Do lado do BE, Luís Fazenda disse que a sua bancada não iria cingir-se ao tema da Educação e desafiou o ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares a responder politicamente sobre as questões mais gerais sobre as funções sociais do Estado, ironizando que Miguel Relvas poderia «exercer a sua expressão».

«De facto o ministro Nuno Crato não nos poderia brindar com uma análise tão geral como por exemplo o senhor ministro Adjunto que poderia muito bem politicamente exercer aqui a sua expressão bem mais ampla sobre a generalidade dos temas da política», argumentou.

Sobre esta questão em particular, na bancada do PS, o deputado Acácio Pinto observou que faltava no debate um ministro que falasse «pelo emprego e o ministro da Economia».

A opção do Governo foi defendida pelo deputado do CDS-PP Michael Seufert: «É insofismável que em qualquer país ocidental a Educação é um dos pilares fundamentais do Estado social e é um alicerce verdadeiro do que diz respeito aos jovens de hoje.»
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