Relvas lança livro: "Não, não é um ajuste de contas com ninguém" - TVI

Relvas lança livro: "Não, não é um ajuste de contas com ninguém"

Ex-ministro, que se demitiu em 2013, descarta regresso à vida política ativa. Diz que é um "homem livre e realizado" fora dela

"Sempre que estamos com amigos estamos felizes". Palavras de Miguel Relvas, no lançamento do seu livro "O outro lado da governação". E, de facto, ninguém quis faltar ao evento que, de alguma forma, marca o seu regresso à ribalta depois de, em abril de 2013, se ter demitido do Governo. O livro não é, no entanto, nenhum "ajuste de contas", nem um aceno à vida política ativa, fez questão de frisar o próprio ex-ministro. 

"Não, este livro não representa um regresso à política ativa. Exerci funções com orgulho patriótico e elevado sentido de responsabilidade, mas encerrei esse ciclo (...) no dia em que, em liberdade e em coerência com os meus valores, decidi abrir uma outra etapa na política. Segundo: não, este livro não representa um ajuste de contas com ninguém"


Relvas disse que é hoje s"um homem livre e realizado fora da política", mas foram muitos os políticos que marcaram presença no evento. 

Desde amigos antigos da politica da sua cor mas não só: ex-colegas de governo em peso, colaboradores, o próprio primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. 

O livro é um testemunho escrito a meias com o seu ex-secretário de Estado, Paulo Júlio, sobre a reforma do poder local que vários protestos provocou.

Ministro quando a troika esteve em Portugal, Miguel Relvas convidou quem era na altura presidente da comissão europeia, Durão Barroso, para apresentar o seu livro. A obra fala, também, das negociações difíceis com os credores, assinalando que queriam deixar os municípios falir. Barroso quis, no entanto, deixar um esclarecimento:

"A verdade - e o que vou dizer agora é polémico mas tem de ser dito, é que foi preciso termos a troika para termos esta reforma. Muito sinceramente, sem esse impulso provavelmente, perante manifestações que chegaram a atingir 100 mi pessoas, a reforma teria ficado no caminho, teria ficado, como tantas reformas, no tinteiro das boas intenções"




 
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