"Não, este livro não representa um regresso à política ativa. Exerci funções com orgulho patriótico e elevado sentido de responsabilidade, mas encerrei esse ciclo (...) no dia em que, em liberdade e em coerência com os meus valores, decidi abrir uma outra etapa na política. Segundo: não, este livro não representa um ajuste de contas com ninguém"
Relvas disse que é hoje s"um homem livre e realizado fora da política", mas foram muitos os políticos que marcaram presença no evento.
Desde amigos antigos da politica da sua cor mas não só: ex-colegas de governo em peso, colaboradores, o próprio primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.
O livro é um testemunho escrito a meias com o seu ex-secretário de Estado, Paulo Júlio, sobre a reforma do poder local que vários protestos provocou.
Ministro quando a troika esteve em Portugal, Miguel Relvas convidou quem era na altura presidente da comissão europeia, Durão Barroso, para apresentar o seu livro. A obra fala, também, das negociações difíceis com os credores, assinalando que queriam deixar os municípios falir. Barroso quis, no entanto, deixar um esclarecimento:
"A verdade - e o que vou dizer agora é polémico mas tem de ser dito, é que foi preciso termos a troika para termos esta reforma. Muito sinceramente, sem esse impulso provavelmente, perante manifestações que chegaram a atingir 100 mi pessoas, a reforma teria ficado no caminho, teria ficado, como tantas reformas, no tinteiro das boas intenções"