PCP não se opõe às provas de aferição - TVI

PCP não se opõe às provas de aferição

Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues  com o ministro da Cultura, João Soares  (MIGUEL A. LOPES/LUSA)

Deputado Miguel Tiago diz também que fim dos exames nacionais no 4.º e 6.º anos são "um passo positivo"

O deputado do PCP Miguel Tiago defendeu, nesta terça-feira, que o fim dos exames nacionais no 4.º e 6.º anos de escolaridade são "um passo positivo" e mostrou-se favorável ao modelo de provas de aferição anunciado.

Em declarações aos jornalistas no parlamento, Miguel Tiago adiantou que o PCP votará favoravelmente o requerimento do CDS-PP para ouvir o ministro da Educação sobre o novo modelo de avaliação e adiantou que a audição com Tiago Brandão Rodrigues será realizada quarta-feira.

Para o deputado, o modelo anunciado pelo Ministério da Educação na semana passada "não é uma resposta completa às aspirações do PCP mas é um passo positivo para pôr fim à política à moda antiga que o PSD e o CDS tinham imposto, rebuscando a ideia de que o rigor reside nos exames e no chumbo".

Miguel Tiago disse que o grupo parlamentar do PCP votará favoravelmente, na reunião da comissão parlamentar de Educação que decorre hoje durante a tarde, o requerimento do CDS-PP para ouvir em sede de comissão o ministro Tiago Brandão Rodrigues.

"Não dando uma resposta na íntegra, é um passo positivo, o PCP amanhã [quarta-feira] durante a reunião também expressará esse posicionamento", afirmou.

Sobre as provas de aferição que serão aplicadas no 2.º, 5.º e 8.º anos de escolaridade, num modelo anunciado pelo ministério na semana passada, Miguel Tiago disse que o PCP não se opõe desde que não tenham a "mesma pressão avaliativa" sobre as crianças.

"Desde que sejam um instrumento para melhorar a escola pública como um todo e que não impliquem a mesma pressão avaliativa sobre crianças, se forem para que nós conheçamos os verdadeiros problemas do sistema, então o PCP não tem uma oposição às provas de aferição", considerou.
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