O líder parlamentar do Bloco de Esquerda, José Manuel Pureza, considerou, esta quarta-feira, que o envio de 30 mil soldados suplementares para o Afeganistão, anunciado pelos Estados Unidos, não vai resolver os problemas do país. O deputado mostrou-se ainda desfavorável ao reforço do contingente português.
«Não sou favorável a um reforço militar português. Sou favorável a uma retirada e a que Portugal não tenha que se comprometer neste conflito que desde a origem é um conflito incompreensível e em bom rigor ilegítimo», disse José Manuel Pureza, em declarações à Agência Lusa.
Em declarações à Lusa, José Manuel Pureza considerou que o anúncio do reforço de 30 mil soldados foi feito por Barack Obama«debaixo da pressão dos militares norte-americanos que exigiam um reforço bem maior, no mínimo 40 mil homens».
«É uma saída que o Presidente encontrou que eu chamaria de compromisso, mas na minha opinião não vai resolver o essencial porque já se provou que não é com uma inundação militar no terreno do Afeganistão que se vai resolver a questão de fundo. Pode eventualmente haver uma maior capacidade de pressão ligeira nesta altura», salientou.
Obama justifica envio de soldados para Afeganistão
No entender de José Manuel Pureza, o reforço não resolve o essencial que é o «juízo que a população afegã faz sobre aquelas forças estrangeiras e também a sua ligação a um governo que cada vez mais é visto pela população como corrupto».
Portugal tem actualmente no Afeganistão 103 militares que estão a dar apoio à formação do Exército afegão. No mês passado, o ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, indicou que Portugal vai enviar para o Afeganistão na segunda quinzena de Janeiro uma força na ordem dos 150 militares.
Bloco contra mais soldados no Afeganistão
- tvi24
- MM
- 2 dez 2009, 10:29
Os Estados Unidos anunciaram que vão reforçar o contingente com mais 30 mil militares
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