A ministra da Saúde disse esta quarta-feira, em entrevista no Jornal das 8, que os 800 milhões são "um reforço e não uma reposição" de meios no Serviço Nacional de Saúde.
Marta Temido assinalou que o SNS tem hoje mais 15 mil trabalhadores do que tinha no início da legislatura anterior e que é necessário "continuar este caminho de reforço do SNS", valorizando os profissionais de saúde.
Falando especificamente sobre os médicos, e sobre os casos recentes de especialistas que se recusam a fazer serviços de urgência, Marta Temido frisou que Portugal é "o país da OCDE que mais utiliza serviços de urgência", dizendo estar convencida de que a melhoria do trabalho se fará reduzindo a procura dos serviços de urgência.
Marta Temido assinalou ainda que a resolução do Conselho de Ministros não traz apenas mais meios para o SNS, mas também um modelo diferente de gestão desses meios e, em vez de exclusividade para médicos no SNS preferiu falar sobre a aposta num modelo que premeia o desempenho das equipas hospitalares.
"O que está aqui hoje é o resultado de um trajeto que se iniciou na anterior legislatura", assegurou a governante. "Tivemos em 2019, pela primeira vez, um orçamento superior a 2010, sublinhou".