Declarações de Abreu Amorim são «inaceitáveis», diz PSD - TVI

Declarações de Abreu Amorim são «inaceitáveis», diz PSD

Jorge Moreira da Silva

Reação de Jorge Moreira da Silva

O vice-presidente do PSD, Jorge Moreira da Silva, considera «inaceitáveis, incorretas e ineficientes» as declarações do vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, Carlos Abreu Amorim, à margem do jantar de apresentação pública dos candidatos às autárquicas no distrito de Leiria.

«Quero em nome do PSD lamentar estas declarações e esperar que o Dr. Abreu Amorim tenha condições para explicar qual era a intenção, na medida em que essas declarações são, do ponto de vista dos princípios, inaceitáveis, do ponto de vista estratégico, incorretas e, do ponto de vista eleitoral, ineficientes», salientou Jorge Moreira da Silva, citado pela agência Lusa.

O social-democrata advertiu ainda que as declarações, «que foram feitas a título pessoal», permitem que «possam ser lidas como declarações que vinculam o PSD», o que é «inaceitável». Por outro lado, as palavras de Abreu Amorim «podem criar a ideia à população que a responsabilidade orçamental terminará com o memorando de entendimento», referiu Moreira da Silva, ao dizer que «Portugal é um país que ganha 100, gasta 106 e deve 120».

Para o vice-presidente do PSD, o caminho é «continuar a ter contas equilibradas durante muitos anos, para lá do memorando de entendimento da troika».

Apesar destas declarações, Jorge Moreira da Silva garantiu que Carlos Abreu Amorim terá o apoio do PSD na luta pela conquista da Câmara de Gaia: «Estamos determinados em vencer essas eleições e que o Dr. Abreu possa ser presidente da câmara municipal de Gaia».

«Não há mal-estar»

Moreira da Silva aproveitou, ainda, para desmenti a existência de qualquer mal-estar nas bases do PSD, garantindo que as notícias que foram veiculadas são «infundadas» e frisou a inexistência de «qualquer intolerância ou incómodo do primeiro-ministro e presidente do PSD com as críticas».

O vice-presidente do PSD referiu que Pedro Passos Coelho «procurou que o partido tivesse vida própria para lá do governo», criando «condições para que o PSD tivesse atividade e propostas».

Segundo Moreira da Silva, o primeiro-ministro e líder do PSD «tem pedido às distritais, às concelhias e aos dirigentes do partido, que formulem críticas ao governo e que apresentem dificuldades que identifiquem no exercício da governação», porque «isso é uma forma de qualificar e melhorar a governação».
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