PSD volta a desafiar PS para apresentar alternativas - TVI

PSD volta a desafiar PS para apresentar alternativas

Jorge Moreira da Silva

Moreira da Silva relembra metas orçamentais

O vice-presidente do PSD Jorge Moreira da Silva desafiou o PS a clarificar opções alternativas às propostas do Governo, para que o País possa atingir as metas orçamentais «identificadas com a troika».

«É fundamental que o PS possa dizer de uma forma clara qual é a sua opção em relação às metas orçamentais que estão identificadas com a troika (5,25% de défice este ano, 4% em 2014 e 2,5% em 2015)», disse Jorge Moreira da Silva, à margem da apresentação do candidato da coligação PSD/CDS à Câmara de Palmela.

Para o dirigente social-democrata, há apenas duas formas de atingir as metas estabelecidas para os próximos dois anos: «Uma é a redução da despesa - e só é possível reduzir a despesa, depois de todos os cortes que já foram efetuados, de uma forma estrutural, redefinindo as funções do Estado. Essa é a nossa opção, seja porque isso permite cumprir metas orçamentais, seja porque permite baixar impostos».

«Há uma outra solução, que é cumprir as metas orçamentais através do aumento de impostos. Essa é uma solução que recusamos», acrescentou o dirigente social-democrata.

Jorge Moreira da Silva lamentou que o PS, enquanto principal partido da oposição, não tivesse ainda clarificado qual destes dois modelos prefere para o País: «Até agora o Partido Socialista não foi capaz de dizer se quer reduzir a despesa - e quais as medidas que pretende colocar em cima da mesa para substituir as propostas do Governo - ou se pretende aumentar os impostos, porque não acredito que a opção do PS seja uma terceira, que é dizer que não queremos cumprir as metas orçamentais e que queremos um segundo resgate».

«Um segundo resgate pode dar origem a um alívio passageiro na austeridade, mas dará seguramente origem a mais ¿troika¿ e a mais austeridade durante mais anos», frisou.

Questionado sobre a decisão do Presidente da República de convocar o Conselho de Estado para discutir o período pós-¿troika¿, Jorge Moreira da Silva disse que os portugueses devem debater desde já o que fazer em julho de 2014.

«É importante que as pessoas não desvalorizem o pensamento pós-¿troika¿, porque Portugal não pode acordar no dia 1 de julho de 2014 e começar a executar um programa - que já não será o memorando de entendimento -, se previamente o não tiver discutido, desenhado e consensualizado, de preferência. Parece-me muito bem que este Conselho de Estado tenha esse objetivo», concluiu o vice-presidente do PSD.
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