Efacec: PCP quer controlo do Estado e garantir todos os postos de trabalho - TVI

Efacec: PCP quer controlo do Estado e garantir todos os postos de trabalho

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  • 10 jul 2020, 11:20
Sindicato queria que a nacionalização da Efacec fosse definitiva

Partido não quer que a empresa volte aos privados como planeia o Governo

O PCP propôs esta sexta-feira que a Efacec, nacionalizada há uma semana, não volte aos privados como planeia o Governo e que sejam garantidos todos os postos de trabalho e os seus direitos.

Em declarações aos jornalistas no Parlamento, a deputada comunista Diana Ferreira afirmou que a Efacec é “absolutamente estratégica” para Portugal, “provavelmente a última empresa da indústria transformadora na área da metalomecânica e eletromecânica”.

Pelo que, afirmou, “assume uma importância vital na região Norte e em todo o país, até na garantia de substituição de importações por produção nacional”.

A bancada comunista propõe-se anular a reprivatização da empresa, garantindo que fica nas mãos do Estado no futuro, quer garantir “todos os postos de trabalho, bem como os direitos adquiridos” e um plano de desenvolvimento e sustentatibilidade da empresa.

A apreciação parlamentar é um instrumento que permite aos deputados debater e até alterar um decreto-lei que é aprovado pelo Governo e não passa pela Assembleia da República.

O PCP foi o primeiro partido a entregar um pedido de apreciação parlamentar, horas depois de o Governo ter anunciado a nacionalização a 71%, da empresa.

Em 2 de julho, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou o diploma do Governo que nacionaliza a empresa Efacec, justificando a decisão, entre outras razões, pela "natureza transitória da intervenção".

Marcelo Rebelo de Sousa justificou a decisão com cinco considerandos, "o acordo dos restantes acionistas privados", "a natureza transitória da intervenção" e "a abertura simultânea de processo de reprivatização da posição agora objeto de intervenção pública".

Em quarto lugar, o chefe de Estado considerou que "não se pode nem deve entender este passo como nacionalização duradoura, antes como solução indispensável de passagem entre soluções duradouras de mercado".

E o quinto considerando sublinha que "o passo dado é crucial e imperioso para impedir o esvaziamento irreversível de uma empresa com grande relevância para a economia portuguesa, quer externa, quer internamente, quer em termos de emprego, quer em termos de inovação e produção industrial nacional".

No mesmo dia, o Conselho de Ministros aprovou um decreto-lei que procede à nacionalização da empresa Efacec, uma empresa de que foi acionista Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente de Angola José Eduardo dos Santos.

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