António Costa sublinha que toda a Europa "foi atacada" - TVI

António Costa sublinha que toda a Europa "foi atacada"

  • Redação
  • PP (atualizada às 12:13)
  • 15 jul 2016, 11:22

Primeiro-ministro ressalva que a Europa deve focar-se, agora, nos “problemas reais e concretos” dos cidadãos para combater a ameaça terrorista

O primeiro-ministro, António Costa, sublinhou hoje que o atentado de quinta-feira à noite em Nice, França, não atingiu apenas aquele país, mas todos os europeus e que a Europa deve focar-se nos “problemas reais e concretos” dos cidadãos.

Durante a cerimónia de apresentação do investimento do grupo franco-japonês Howa Tramico em Viana do Castelo, Costa dirigiu-se em francês aos presentes para transmitir não só as suas condolências, mas também “amizade e solidariedade”.

“E sobretudo esta mensagem de que o atentado de [quinta-feira] não é apenas um atentado à cidade de Nice. Foi um atentado que tocou todos os europeus e isso significa que é uma mensagem muito clara. Porque o que é que deve fazer a Europa no futuro? Deve centrar-se sobre os problemas reais e concretos das pessoas e isso quer dizer a solidariedade da Europa para combater a ameaça terrorista transnacional a que fazemos frente e que ameaça a civilização europeia”, afirmou o primeiro-ministro.

António Costa disse já ter transmitido as condolências ao Presidente da República de França, François Hollande, e ao primeiro-ministro, Manuel Valls, e realçou que hoje todos os europeus partilham mais do que “os grandes valores da Liberdade, Igualdade e da Fraternidade” que se celebravam na quinta-feira em França.

“Hoje todos os europeus partilham também o sofrimento da França e dos franceses”, declarou o primeiro-ministro.

Um camião atingiu na quinta-feira à noite uma multidão em Nice, França, na Promenade des Anglais, quando decorria um fogo de artifício para celebrar o dia de França.

O último balanço aponta para 84 mortos e uma centena de feridos, 18 dos quais continuam em estado considerado crítico, segundo o balanço mais recente das autoridades francesas. O condutor do camião foi abatido pela polícia.

As autoridades francesas já consideraram estar perante um atentado e o Presidente da França, François Hollande, anunciou o prolongamento por mais três meses do estado de emergência que vigora no país desde o ano passado.

A autoria do ataque ainda não foi reivindicada.

Portugal "ao lado da França"

Entretanto, o Governo português emitiu hoje um comunicado a condenar “veementemente” o atentado ocorrido na cidade francesa de Nice, na noite de quinta-feira, garantindo que “Portugal está ao lado da França" no combate ao terrorismo.

Em nota enviada pelo gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros, o Governo português “repudia” o ataque – atribuído pelas autoridades francesas a um cidadão franco-tunisino de 31 anos, residente em Nice, que lançou um camião contra a multidão que se encontrava na avenida marginal da cidade costeira – “que manchou de terror e dor um dia de celebração da liberdade e da fraternidade”, que é feriado em França.

Para já, não foi identificado nenhum cidadão português entre as vítimas. “A embaixada e os consulados portugueses em França, em coordenação com as autoridades francesas, estão a acompanhar a situação e a prestar os esclarecimentos e o apoio necessários aos cidadãos portugueses”, garante o Governo.

O executivo português informa ter transmitido o seu “profundo pesar” às autoridades francesas e às famílias das vítimas – o último balanço contabiliza 84 mortos –, manifestando ainda “solidariedade para com os feridos e o povo francês”.

O Governo francês decretou três dias de luto nacional.

Ao mesmo tempo, reitera a sua “firme condenação do terrorismo sob todas as suas formas” e assegura que “Portugal está ao lado da França na defesa da paz, da segurança e da liberdade e empenhado na prossecução de ações coletivas de prevenção e repressão de atos terroristas atrozes”.

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