"Demora" de Passos e silêncio de Cavaco irritam PS - TVI

"Demora" de Passos e silêncio de Cavaco irritam PS

Carlos César e António Costa [Lusa]

Presidente do Partido Socialista acusa ainda o Executivo cessante de querer concluir "uns quantos negócios à pressa" ao mesmo tempo que anda "à socapa" a fazer "centenas de nomeações". Isto tudo antes de dar a conhecer a composição do novo Governo

O PS quis dar conta da sua irritação com a "demora" do primeiro-ministro em anunciar a composição do Governo, numa nota enviada à agência Lusa, na qual também critica o silêncio do Presidente da República perante tal situação. Isto depois de Passos Coelho ter sido indigitado chefe de Governo na passada quinta-feira por Cavaco Silva. 

"Não se compreende a demora do primeiro-ministro indigitado em apresentar a composição do Governo para tomar posse e apressar a apreciação do programa do governo. Temos que passar adiante", afirma Carlos César, que, na quarta-feira, deverá suceder a Ferro Rodrigues nas funções de líder parlamentar do PS.

"Portugal não pode perder tanto tempo e não deve ficar com um Governo que não governa e que só quer concluir uns quantos negócios à pressa, e consolidar por toda a parte e à socapa centenas de nomeações para controlo partidário futuro da administração", atirou ainda. 

Depois, o presidente do PS refere-se especificamente a Cavaco Silva: "Nem se compreende que o Presidente da República o permita".

"Para uns efeitos o Presidente da República fala a mais e para outros a menos. Assim não"


Esta segunda-feira ainda não houve novidades sobre a composição do Governo e tanto Passos Coelho como Cavaco Silva terão uma agenda preenchida durante toda a semana. O primeiro-ministro vai voltar a Belém para entregar os nomes que vão integrar o novo Executivo, nesta que é uma semana em que o Presidente da República vai ausentar-se do país durante dois dias. 

Por causa do encontro anual da COTEC Europa, em Roma, onde o chefe de Estado vai marcar presença, Passos Coelho deverá entregar os nomes no novo Executivo terça-feira de manhã, ou então mais para o final da semana. 
  
Depois de entregue a lista dos nomes, o passo seguinte é a marcação da tomada de posse do novo governo – que não deve acontecer antes do final da semana. 

A partir desse momento, o Executivo tem dez dias para apresentar o programa no parlamento onde o esperam as anunciadas moções de rejeição anunciadas  pelo PSPCP e  Bloco de Esquerda.

 
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