Foi exonerado, nesta quinta-feira, o adjunto do secretário de Estado das Comunidades envolvido no escândalo das viagens à China pagas pela empresa Huawei.
Nuno de Almeida Barreto colocou o lugar à disposição, na sequência de notícias que apontam para a violação do código de conduta do Governo, que proíbe governantes e membros de gabinetes de aceitarem ofertas superiores a 150 euros.
Ao abrigo do Código de Conduta, “os membros do Governo abstêm-se de aceitar a oferta, a qualquer título, de pessoas singulares e coletivas privadas, nacionais ou estrangeiras, e de pessoas coletivas públicas estrangeiras, de bens, consumíveis ou duradouros, que possam condicionar a imparcialidade e a integridade do exercício das suas funções”.
Tendo o Adjunto Nuno Miguel Jorge Barroso de Almeida Barreto hoje colocado o seu lugar à disposição do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, foi o mesmo exonerado, nesta data, das suas funções”, indica uma nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros, divulgada esta noite.
Nuno de Almeida Barreto é técnico especialista do gabinete do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro.
No caso do adjunto do secretário de Estado está em causa um hotel e refeições oferecidas pela empresa de comunicações numa viagem à China em janeiro deste ano.
Esta é a primeira baixa do executivo de António Costa num caso que envolve outros políticos, como Sérgio Azevedo, vice-presidente da bancada do PSD ou Paulo Vistas, presidente da Câmara Municipal de Oeiras.