Governo: «PS parece que já não concorda com a UGT sobre educação» - TVI

Governo: «PS parece que já não concorda com a UGT sobre educação»

Marques Guedes (Lusa)

Reação do ministro da Presidência ao pedido de demissão de Nuno Crato

Relacionados
O ministro da Presidência afirmou hoje que «o PS, pelos vistos, parece que já não concorda com a UGT», reagindo ao pedido de demissão do ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, feito pelos socialistas.

Em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, Luís Marques Guedes sustentou que se está a tentar «criar artificialmente um clima de crispação» em Portugal, referindo que já perdeu «a conta das vezes que os partidos da oposição e algumas forças sindicais solicitam a demissão de membros do Governo».

Por outro lado, o ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares considerou «extraordinária» a ideia de que o atual Governo está a destruir o progresso registado na educação pública em anos anteriores. «O último relatório PISA dá nota de alguma evolução positiva da parte do nosso país de 2012 para 2013 relativamente ao sistema de ensino», apontou.

Segundo Luís Marques Guedes, os apelos à demissão do ministro da Educação e Ciência têm vindo «da Fenprof e dos partidos mais à esquerda no Parlamento» e «o PS, pelos vistos, parece agora que já não concorda com a UGT também».

O ministro referiu que «foi feito um acordo da parte do Governo, em particular do senhor ministro da Educação, com a UGT e a Federação Nacional da Educação (FNE) relativamente às matérias que aparentemente continuam a estar na base desses pedidos de demissão por parte de algumas forças sindicais, que não a UGT».

«O Governo congratula-se com a possibilidade de ter havido esse acordo e o apelo que fazemos obviamente é que possa haver uma razoabilidade dos protestos e uma adequação àquilo que verdadeiramente são as medidas que estão a ser tomadas», acrescentou, fazendo alusão à prova de acesso à carreira docente, entretanto circunscrita aos professores contratados com menos de cinco anos de serviço.

No seu entender, «os mecanismos de avaliação para a entrada na carreira docente» estão diretamente relacionados «com a qualidade da própria educação» em Portugal e são do interesse de todos.

«Para além da espuma da contestação e da tentativa de crispação que algumas forças insistem em tentar prevalecer no nosso país, espuma essa à parte, toda a gente está de acordo com essa qualificação e a introdução de maior exigência e rigor na área da educação», alegou.
Continue a ler esta notícia

Relacionados

EM DESTAQUE