Cavaco é conivente com Orçamento da «falsa salvação nacional» - TVI

Cavaco é conivente com Orçamento da «falsa salvação nacional»

Estaleiros: PCP defende «apuramento de responsabilidades»

Acusou o secretário-geral do PCP

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O secretário-geral do PCP acusou hoje em Peniche o Presidente da República de ser conivente com o Orçamento de 2014 com medidas inconstitucionais «em nome de uma falsa salvação nacional».

Exigindo «a rutura e a afirmação de uma política alternativa» perante a «destruição das condições de vida da esmagadora maioria da população» continuada em 2014, como prevê, Jerónimo de Sousa acabou por englobar o Presidente da República nas críticas.

«A perspetiva delineada no Orçamento de Estado para 2014 é de desastre e declínio nacional com a conivência do Presidente da República que, mais uma vez e em nome de uma falsa salvação nacional, dá cobertura a um Orçamento com medidas inconstitucionais», afirmou o líder comunista, arrancando um estridente apupo da assistência de mais de duas mil pessoas, dirigido ao chefe de Estado.

Nas críticas, não escapou também o Partido Socialista, enquanto principal partido da oposição, por ser «conivente com as manobras de dissimulação e engano» e «por deixar cair a exigência de eleições antecipadas, como por manter o apoio às decisões da União Europeia expropriadoras da soberania».

Para Jerónimo de Sousa, o Orçamento deste ano não passa de um «instrumento da política de exploração e destruição de direitos com novas e gravosas medidas de esbulho dos rendimentos».

Entre elas, exemplificou, estão as recentes medidas de aumento da Compensação Extraordinária de Solidariedade e o aumento dos descontos para a ADESE, anunciadas em alternativa ao corte de pensões, chumbado pelo Tribunal Constitucional.

Ao falar da revolução do 25 de abril de 74 e de Álvaro Cunhal, incitou ao combate pelo reforço dos seus ideais e do PCP e contra uma «sociedade em que os milhares de novos pobres e o sistemático aumento da exploração do trabalho e do povo fazem novos milionários, desígnio de um governo ilegítimo e de uma política fora da Constituição e da Lei».

Jerónimo de Sousa falava em Peniche nas comemorações simultâneas do encerramento do centenário do nascimento de Álvaro Cunhal, dos 54 anos da fuga do histórico comunista da prisão política de Peniche e dos 40 anos do 25 de Abril de 1974 que, neste último caso, se iniciaram hoje.
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