PCP propõe fim das taxas moderadoras - TVI

PCP propõe fim das taxas moderadoras

PCP assinala centenário do nascimento de Álvaro Cunhal com comício no Campo Pequeno, em Lisboa (LUSA)

Documento com propostas de alteração ao Orçamento do Estado foi entregue esta quinta-feira ao Governo

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O fim das taxas moderadoras, dos encargos com transporte de doentes e da subcontratação de profissionais de saúde, substituindo-os por trabalhadores com vínculo, são algumas das propostas de alteração ao Orçamento do Estado do PCP.

O documento entregue hoje ao Governo, e a que a Lusa teve acesso, propõe a revogação das taxas moderadoras, de modo a garantir o acesso de todos, independentemente da sua condição económica e social.

Da mesma forma, o PCP defende a isenção de encargos com transporte não urgente de doentes para todos os utentes que necessitem de transporte para aceder aos cuidados de saúde.

No âmbito das condições trabalho, é defendida a reposição do regime de prestação do trabalho extraordinário e suplementar e a integração dos profissionais de saúde que trabalham em permanência nos serviços públicos em carreiras com vínculo à função pública.

O PCP propõe ainda ao Governo a abertura de concursos para os profissionais de saúde em falta nos estabelecimentos de saúde do SNS, integrando-os na respetiva carreira e com vínculo à função pública por tempo indeterminado.

Neste contexto, é defendida igualmente a cessação gradual dos contratos com empresa de subcontratação de profissionais de saúde existentes no SNS, promovendo a sua substituição por contratações de trabalhadores com vínculo público e por tempo indeterminado.

Manuais gratuitos e fim das propinas

O PCP defende também manuais escolares gratuitos na escolaridade obrigatória, o fim das propinas no ensino superior, a atualização dos montantes das bolsas de investigação e o reforço de verbas para universidades e laboratórios do Estado.

Além da gratuitidade dos manuais escolares até ao 12ºano, o PCP propõe a redução e a eliminação gradual do financiamento público ao ensino particular e cooperativo, concursos extraordinários para a «contratação efetiva» de psicólogos e funcionários nas escolas públicas, um concurso intercalar geral de professores, a reposição do passe escolar e a extinção da empresa Parque Escolar, que gere as obras nas escolas.

Para o ensino superior público, o PCP defende, além do fim das propinas, o reforço em 317 milhões de euros das verbas das instituições, a eliminação dos limites à contratação, a reposição dos montantes dos serviços de ação social indireta e a «fixação da fórmula do orçamento de referência e do orçamento de funcionamento base» das universidades e dos politécnicos.

Segundo o PCP, o «subfinanciamento crónico» das universidades e dos institutos politécnicos «coloca em causa a qualidade pedagógica, a salvaguarda de todos os postos de trabalho e o papel do ensino superior público como instrumento de desenvolvimento económico e social do país».

Os comunistas lembram, ainda, a diminuição, pelo quinto ano consecutivo, do número de candidatos ao ensino superior, «situação que é inseparável do aumento das propinas, dos custos com a frequência e da limitação no acesso à ação social escolar».

O PCP assinala que a proposta de Orçamento do Estado «reduz o financiamento aos laboratórios do Estado e mantém a elevada precariedade, nomeadamente dos bolseiros de investigação», pelo que defende um reforço de 50 milhões de euros para os laboratórios, a manutenção dos orçamentos do Instituto de Investigação Científica e Tropical e da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, além da atualização do valor das bolsas de investigação.
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