PCP quer discutir na especialidade aumento de dez euros nas pensões - TVI

PCP quer discutir na especialidade aumento de dez euros nas pensões

Jerónimo de Sousa no debate Quinzenal

Jerónimo de Sousa lembrou que a proposta de aumento de dez euros nas reformas foi feita pelo partido em março

O PCP está a ponderar avançar na discussão da especialidade do Orçamento do Estado para 2017 com um aumento de dez euros nas reformas de todos os pensionistas e reformados, revelou Jerónimo de Sousa.

O secretário-geral do PCP, que esteve em visita ao Centro de Saúde da Baixa da Banheira, na Moita, lembrou que a proposta de aumento de dez euros nas reformas foi feita pelo partido em março.

Não é a nossa proposta que vai estar em cima da mesa, mas chegámos aqui devido à proposta do PCP, pois tanto PS como BE não nos acompanharam nesse aumento geral de dez euros. Dá resposta a um universo de 85% de pensionistas e reformados, é um avanço, mas insuficiente", afirmou.

Declarações que surgem depois do ministro da tutela, Vieira da Silva, após ser conhecida a proposta de Orçamento ter vindo esclarecer que atualização, de 10 euros, é para pensões entre 275 e 628 euros, mas afinal há 250 mil pessoas abaixo do patamar mínimo que também vão beneficiar do aumento em agosto: caso das pensões de invalidez ou das pensões antecipadas de valor muito baixo. Quem tiver mais de uma pensão não pode exceder um total de 629 euros para poder beneficiar. Esta são as excpeções das quais, para já, o Governo não sai.

Jerónimo de Sousa referiu que o PCP "sempre defendeu a valorização das carreiras contributivas", explicando que estiveram "congeladas durante quatro anos".

Quem desconta para a segurança social tem a justa expectativa de quando chegar à reforma ter uma reforma digna. Estamos a ponderar avançar na especialidade para esse grande objetivo de que todos os reformados e pensionistas tenham aumento de dez euros", afirmou.

Em relação às palavras da líder do CDS-PP, que considerou na quinta-feira que o orçamento é de "austeridade", o secretário-geral do PCP disse que existe uma "contradição" nos partidos de direita.

O mesmo PSD e CDS que diziam que se estava a dar tudo a todos, que se estava a estragar o que foi feito, vem agora dizer que há mais austeridade. PSD e CDS não suportam a reposição de rendimentos e direitos e agora que as medidas se consolidam vem dizer, surpreendentemente, que é um orçamento de austeridade", disse.

"Em relação ao aumento das reformas, o CDS absteve-se. Hoje, aparece armado em campeão a dizer que vai apresentar essa alternativa que não viabilizou", acrescentou.

Sobre as declarações de Pedro Passos Coelho, líder do PSD, ter afirmado que o partido pode vir a apresentar propostas, Jerónimo de Sousa disse que os sociais-democratas "não têm um rumo coerente".

O estado de negação perante o Orçamento do Estado anterior demonstrou que o PSD não tem um rumo coerente. Está amarrado à política desgraçada executada nos últimos quatro anos. Existe esta informação que se vai chegar à frente, agora veremos sobre o quê e em que matérias", afirmou.

Jerónimo de Sousa, que voltou a criticar os vencimentos na Caixa Geral de Depósitos, considerando que são "inaceitáveis fase à realidade do país", disse ainda que não vai passar nenhum cheque em branco ao governo.

Vamos empenhar-nos para eliminar alguns aspetos mais negativos do orçamento e persistir nas nossas propostas, para seguir na linha de reposição de rendimentos e direitos, sabendo das limitações. Será esse trabalho na especialidade que determina o nosso posicionamento perante o orçamento. Fazemos o balanço final e votaremos em conformidade", explicou.

 

 

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