O PSD fez um apelo ao Governo e aos partidos que o apoiam para terem “cuidado e moderarem as afirmações” sobre o Orçamento do Estado de 2018 para “não fazerem uma campanha enganosa” em vésperas das autárquicas.
O apelo e crítica foram feitos pelo deputado do PSD Duarte Pacheco, na sequência de comentários da coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, e do ministro das Finanças, Mário Centeno.
A serenidade só lhe ficava bem”, disse o deputado que criticou afirmações de Catarina Martins, quando disse que o Orçamento do Estado de 2018 vai reduzir “o IRS para os que mais foram sacrificados”.
Para isso acontecer, “vai desagravar o IRS para os mais ricos” dado que, com o anterior executivo PSD/CDS, foram “agravadas as taxas de impostos para rendimentos superiores”, com mais 5% e a impossibilidade de fazer deduções à coleta.
Ou não está a falar verdade ou quer que os mais ricos tenham os impostos desagravados”, disse.
Sobretaxa ainda em vigor
Para Duarte Pacheco, o ministro das Finanças, ao dizer que “2018 é o primeiro ano sem sobretaxa de IRS, reconhece que a sobretaxa este ano está em vigor”.
Nós sempre o dissemos. O discurso governamental é que era diferente. Atirar areia para os olhos das pessoas e tentar enganá-las não fica bem a qualquer dirigente político e muitos menos ao ministro das Finanças”, disse.
Em “nome do rigor”, o PSD pediu contenção verbal ao Governo nas próximas duas semanas, até às autárquicas de 1 de outubro.
Apelo a que todos os agentes do Governo tenham cuidado com as afirmações que fazem e apelo para que moderem todas as intervenções em sede orçamental para não fazerem campanha enganosa em véspera de um ato eleitoral”, concluiu.