Bloco acusa Governo de "pressão acrescida" na negociação do Orçamento - TVI

Bloco acusa Governo de "pressão acrescida" na negociação do Orçamento

  • 18 jun 2018, 20:46
Catarina Martins

Catarina Martins diz que a negociação é exigente porque o Governo resolveu pôr dados novos na equação. Acusa ministro Centeno de "um erro", ao "ir além das metas negociadas por Bruxelas na execução orçamental de 2017"

A coordenadora do BE, Catarina Martins, disse esta segunda-feira que a negociação do Orçamento do Estado para 2019 (OE2019), sobre a qual estão a realizar-se reuniões, é "exigente, principalmente porque o Governo resolveu pôr dados novos na equação".

Quando Mário Centeno decidiu ir além das metas negociadas por Bruxelas na execução orçamental de 2017, pôs uma pressão acrescida tanto na execução orçamental de 2018 como no Orçamento do Estado para 2019. Julgamos que foi um erro ter feito assim", respondeu Catarina Martins aos jornalistas, à margem de uma reunião com profissionais, representantes de movimentos sindicais e especialistas do setor da Saúde, que decorreu esta tarde na sede do BE, em Lisboa.

A coordenadora do BE começou por ser questionada sobre se a exigência de maior dotação para o Serviço Nacional da Saúde seria um dos temas que iria levar para uma reunião de negociação do OE2019 que, de acordo com alguns órgãos de comunicação social, decorrerá na terça-feira, com a presença do primeiro-ministro, António Costa.

O Bloco de Esquerda está em reuniões de negociação do Orçamento do Estado para 2019. As negociações fazem-se à mesa e, portanto, será na reunião que faremos", respondeu, sem confirmar ou desmentir esta reunião em específico com António Costa.

Na opinião de Catarina Martins, "toda a gente compreende, seguramente, que a necessidade de dotação orçamental do Serviço Nacional de Saúde faz parte das negociações orçamentais e é para o Bloco de Esquerda muito importante".

Nós estamos em reuniões de negociações do Orçamento do Estado. O BE fará várias reuniões, umas mais setoriais do que outras. Teremos sempre a mesma posição: seremos a garantia do cumprimento dos acordos que fizemos em 2015. Recuperar salários e pensões, proteger os serviços públicos", enfatizou.

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