OE2022: Bloco tem "muita vontade que haja soluções”, mas “não passa cheques em branco” - TVI

OE2022: Bloco tem "muita vontade que haja soluções”, mas “não passa cheques em branco”

  • Agência Lusa
  • RL
  • 6 set 2021, 20:30
Catarina Martins - BE

Catarina Martins frisou que o BE vai discutir o próximo Orçamento do Estado com “a exigência” que lhe “é conhecida”, mas também com “disponibilidade e responsabilidade que todos conhecem”

A coordenadora do BE, Catarina Martins, afirmou esta segunda-feira que o partido “tem muita vontade que haja soluções” no Orçamento do Estado para 2022 para os problemas do país, mas avisou que “não passa cheques em branco”.

“O Bloco de Esquerda tem muita vontade que haja soluções”, mas “não passa cheques em branco e não faz de conta de que não soluções vão resolver os problemas do país”, afiançou a líder bloquista, durante uma arruada pelo centro histórico de Évora.

Catarina Martins, ao lado do candidato do BE à Câmara de Évora, Raul Rasga, e de apoiantes com bandeiras do partido, percorreu as principais ruas do centro histórico e distribuiu panfletos com as caras e propostas para este concelho.

Nas declarações aos jornalistas, a coordenadora do Bloco frisou que o BE vai discutir o próximo Orçamento do Estado com “a exigência” que lhe “é conhecida”, mas também com “disponibilidade e responsabilidade que todos conhecem”.

“Precisamos de um Serviço Nacional de Saúde (SNS) que responda aos cuidados covid e aos não covid”, sublinhou, referindo que as equipas de profissionais de saúde estão “exaustas” e que existe “muita gente contratada com vínculos precários”.

Para a líder bloquista, também é preciso “responder aos grandes desafios no apoio social”, porque “há trabalhadores precários que passam um bocadinho por baixo do radar até das estatísticas e que estão sem nenhum apoio”.

A resolução das “questões do trabalho” é outra das prioridades no entender de Catarina Martins, que reclamou “pensões dignas para quem trabalhou toda uma vida, salários a quem tem décadas de congelamento e vê o fim do mês sempre tão difícil e contratos com salários dignos para as gerações mais qualificadas”.

Catarina Martins apontou a importância dos eleitos do BE nas autarquias para “garantir que as decisões” sobre “quase 60 mil milhões de euros dos vários fundos europeus prometidos” sejam aplicados “em nome da vida das pessoas e da vida concreta”.

“Já vimos muitos milhões passarem, enriquecerem alguns e deixarem os problemas estruturais e a dificuldade de quem trabalha e de quem trabalhou toda uma vida na mesma”, acrescentou.

Já o candidato do BE à Câmara de Évora, Raul Rasga, em declarações à Lusa, mostrou-se entusiasmado e confiante num bom resultado nas eleições autárquicas de 26 de setembro e reivindicou o lançamento dos principais temas em debate.

Segundo Raul Rasga, “uma boa parte” das propostas do BE “é hoje em dia a agenda política desta discussão eleitoral”.

“Fomos nós que colocámos a habitação em cima da mesa. No dia em que fiz a apresentação da minha candidatura, disse que a habitação era absolutamente central para o desenvolvimento do concelho”, exemplificou.

Após a arruada pelo centro histórico de Évora, a comitiva bloquista distribuiu propaganda política junto de uma fábrica no parque industrial da cidade.

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