Telmo Correia diz que ficou claro que "a geringonça matou a geringonça" - TVI

Telmo Correia diz que ficou claro que "a geringonça matou a geringonça"

O líder parlamentar do CDS-PP considerou que o Governo “regateou medida a medida” com os parceiros preferenciais que ajudaram à viabilização de orçamentos nos últimos anos, mas desta vez “não tem solução nenhuma” para “sair do buraco onde se meteu”

Na intervenção do CDS-PP, no debate de apreciação na generalidade do Orçamento do Estado para 2022, Telmo Correia começou por dizer que ficou claro que terminou um ciclo e que o primeiro-ministro está "entre a espada e o muro".

Estas duas últimas perguntas e respostas [do PCP e do BE] parecem deixar muito evidente que este debate marca o fim de um ciclo e o fim de um modelo (...) a geringonça matou a geringonça", disse. 

O deputado referiu que esta proposta de orçamento "é má" e que foi feito "contra as empresas".  O líder parlamentar do CDS-PP considerou que o Governo “regateou medida a medida” com os parceiros preferenciais que ajudaram à viabilização de orçamentos nos últimos anos, mas desta vez “não tem solução nenhuma” para “sair do buraco onde se meteu”.

É um orçamento que representa a herança da geringonça. É um orçamento que não resolve questões da própria conjuntura", referiu.

Deu como exemplo as medidas anunciadas para combater a crise dos combustíveis e classificou-as como "trocos". 

Telmo Correia acusou António Costa de se fechar "numa casa assombrada" ao decidir negociar apenas com a esquerda, porque sempre defendeu que essa era a única solução.

O senhor fechou-se e fechou-se dentro de uma espécie de casa assombrada, trancou-se lá dentro” e recusou “qualquer outra opção que não fosse a opção da geringonça”, ironizou, considerando que é “muito assustador para o país”.

Aproveitou ainda para questionar o primeiro-ministro sobre os cenários possíveis em caso de eleições antecipadas e se vai repetir uma “maioria de esquerda”.

O seu modelo acabou e o senhor não tem solução nenhuma e esse é seu principal problema", finalizou. 

Na resposta, António Costa criticou o facto do CDS e do PSD serem os únicos contentes com o chumbo de um orçamento, mas lembrou que existem sempre soluções.

Em democracia há sempre soluções. Da nossa parte, ate ao último minuto, faremos tudo para viabilizar este Orçamento do Estado."

Em contrapartida, voltou a assegurar que não o fará qualquer preço, porque "o país não suporta, nem comporta qualquer preço para a aprovação do Orçamento do Estado". 

A proposta do Governo para o Orçamento do Estado vai ser votada nesta quarta-feira na generalidade. Proposta essa que se encontra pendurada por um fio, depois do Bloco de Esquerda, PCP e PEV terem anunciado votos contra, juntando-se, assim, a toda a direita.

Se o documento for chumbado, o Presidente da República já fez saber que dissolve o Parlamento. 

Continue a ler esta notícia