Offshore: PSD quer ouvir Centeno e responsabiliza Governo por falta de fiscalização - TVI

Offshore: PSD quer ouvir Centeno e responsabiliza Governo por falta de fiscalização

  • CM
  • 10 mar 2017, 12:31

Segundo os sociais-democratas, a maioria das declarações "só poderiam ser fiscalizadas" nesta altura. PS já reagiu, dizendo que "há limites para a criação de factos políticos alternativos"

O PSD pediu, nesta sexta-feira, a audição do ministro das Finanças, Mário Centeno, no parlamento, sobre o caso das "offshore" e responsabilizou o Governo do PS pela falta de fiscalização às transferências para paraísos fiscais.

Em declarações aos jornalistas no parlamento, o deputado social-democrata António Leitão Amaro afirmou que, com base nas audições de responsáveis da Autoridade Tributária, esta semana, "a grande maioria das declarações só poderiam ser fiscalizadas durante o atual Governo".

Menos de dez minutos depois, o PS respondeu, através do deputado Eurico Brilhante Dias, que acusou o PSD de "manobra política descarada", afirmando ainda que "há limites para a criação de factos políticos alternativos".

Segundo a informação citada por Leitão Amaro, 18 das 20 declarações sem tratamento foram entregues a partir do verão de 2015, sete após as eleições legislativas desse ano e quatro durante o ano de 2016.

Leitão Amaro insistiu que "18 das 20 declarações só poderiam ser fiscalizadas pelo atual Governo".

O deputado social-democrata recordou ainda as "infelizes insinuações" do primeiro-ministro, António Costa, no debate quinzenal, sobre a falta de fiscalização das transferências de 10 mil milhões de euros de 2011 a 2014, durante o governo PSD/CDS-PP.

Os sociais-democratas pedem ainda que sejam reverificadas as transferências anteriores a 2011, ou seja, durante os Governos PS de José Sócrates.

Os socialistas lembram o PSD, que os 10 mil milhões de euros transferidos sem tratamento inspetivo aconteceram entre 2011 e 2014, "integralmente na vigência do Governo PSD/CDS-PP".

Para Eurico Brilhante Dias, não houve "uma única transferência" para "paraísos fiscais" depois da mudança de Governo.

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