A comentadora da TVI24, Constança Cunha e Sá analisou esta terça-feira a polémica em redor da cobertura da campanha eleitoral para as autárquicas e a interpretação da Comissão Nacional de Eleições (CNE) acerca do tema.
A comentadora criticou a visão restritiva do órgão e a interferência na liberdade editorial dos órgãos de comunicação social.
A comentadora explicou que as redações têm um «critério editorial», que ajustam de acordo com os partidos com assento parlamentar e não com «aqueles partidos que existem cinco dias antes das eleições e que desaparecem cinco dias depois».
Daí a sua criticou à CNE: «A Comissão Nacional de Eleições não perceber isso é uma coisa que eu acho assustadora e ter o presidente a dizer que é preferível não haver nada a não ter uma cobertura igual para todos». E acrescentou: «Não percebe que não havendo nada promove a desigualdade, porque isto favorece os grandes partidos e favorece os candidatos mais conhecidos nomeadamente aqueles que estão no poder».
«Em nome de uma igualdade impossível, cria uma desigualdade de facto entre os candidatos», conclui a comentadora de política.
«E o que me parece mais grave é a interferência na liberdade editorial. Há um dever e um direito do jornalista que é saber hierarquizar e tratar de forma hierarquizada as notícias nas campanhas eleitorais».
«Em nome de uma igualdade impossível, [a CNE] cria uma desigualdade de facto»
- tvi24
- CF
- 11 set 2013, 00:00
O comentário de Constança Cunha e Sá na TVI24
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