«Há aqui um discurso propositado para enganar as pessoas» - TVI

«Há aqui um discurso propositado para enganar as pessoas»

Constança Cunha e Sá diz que declarações de Passos Coelho e Paulo Portas promovem uma «farsa»

Constança Cunha e Sá defendeu, esta segunda-feira, que o Governo está a promover uma «farsa» e um «discurso propositado para enganar» os portugueses. A comentadora disse, na TVI24, que o efeito das declarações do primeiro-ministro e do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiro remete para uma «enorme falta de respeito» pelos portugueses.

«Eu não sei se isto é uma divisão profunda, se é uma encenação. Ainda não percebi muito bem o que isto é. Agora, de facto, o que isto mostra, entre a declaração do primeiro-ministro de sexta-feira e a declaração do ministro de Estado, na qualidade de presidente do CDS, no domingo, mostra que, de facto, isto é uma farsa. Uma farsa de muito mau gosto que mostra um enorme desrespeito pelos portugueses», afirmou Constança Cunha e Sá, no espaço de análise nas «Notícias às 21:00».

Para a comentadora, a «consequência prática» dos discursos contraditórios, proferidos por Pedro Passos Coelho e por Paulo Portas, é «a total opacidade dos números». «Nós chegámos a um ponto em que é preciso estarem especialistas sobre especialistas em cima das contas, e das medidas apresentadas pelo Governo, para se perceber o que é que o Governo quer e quais são os verdadeiros cortes», sublinhou.

Constança Cunha e Sá defende que «o que está aqui orquestrado é uma campanha para que ninguém perceba, de facto, quais são as medidas que o Governo está a tomar». «E eu tenho muita pena que nesta farsa esteja envolvido um primeiro-ministro e um ministro de Estado. É uma absoluta farsa», acrescentou.

Para Constança Cunha e Sá, «seja uma divisão, seja uma encenação, isto ultrapassa todos os limites (...). O que está aqui, no fundo, é uma desautorização absoluta, mas é dos portugueses». «Quase que parece haver aqui dolo (...). Há aqui um discurso propositado para enganar as pessoas ou, pelo menos, para que as pessoas, no mínimo, fiquem sem perceber nada do que vai acontecer», rematou.
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