"Parece-me grave o que se está a passar em relação às presidenciais no PS: ainda não há candidato e não há estratégia. Ou melhor, candidatos há. O que não há é estratégia por parte do PS em relação às presidenciais", afirmou a comentadora.
Para Constança Cunha e Sá, a hipotética candidatura de Maria de Belém veio complicar ainda mais a indefinição do partido, uma vez que António Costa, secretário-geral, e Carlos César, presidente do PS, não se entendem quanto a uma posição face às presidenciais.
"Temos um presidente do partido a querer que o apoio do ao candidato seja já e temos o António Costa a dizer que 'já não, primeiro são as legislativas'. Esta indefinição acaba por beneficiar muito o Governo".
Segundo a comentadora, António Costa "não pode ter ele a querer separar [legislativas de presidenciais] e um presidente a não querer separar".
"Ou não pode dizer que deixa para depois o apoio e ver-se empurrar a candidatura de Maria de Belém".
Constança Cunha e Sá lembrou ainda que "tudo isto vai depender do resultado das legislativas", mas anteviu que "isto também vai ter consequências nas legislativas".
"Enquanto o PS anda nestas encruzilhadas, o Governo fica completamente à solta", reiterou.