Marcelo sobre presidenciais: avançar já "perturba" legislativas - TVI

Marcelo sobre presidenciais: avançar já "perturba" legislativas

    Marcelo Rebelo de Sousa

Ex-líder do PSD lembro na TVI que "nada está seguro" e deu como exemplo o "problema interno" que os socialistas enfrentam com duas candidaturas

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Marcelo Rebelo de Sousa defendeu esta noite no Jornal das 8, na TVI, que avançar já com um candidatura às presidenciais seria “perturbador” para a atual campanha legislativa. Sem nunca revelar se já tomou uma decisão, o comentador da TVI volta a sublinhar que ainda não é ainda tempo de “ponderar e decidir”, lembrando que “nada está seguro”.

“Eu sempre defendi que essa matéria só devia ser ponderada e até fui mais geral, por todos os candidatos a candidatos, depois das legislativas, este era o tempo das legislativas e mantenho a mesma posição, que não é apenas o divulgar depois, é o ponderar depois e portanto aplica-se. Mantém-se exatamente a situação”, disse.

O ex-líder do PSD  vai mais longe nas justificações ao dar como exemplo o PS que está com um “problema interno” por ter duas candidaturas.

“O PS está a ver-se a braços com um problema interno complicado por causa destas duas candidaturas, enquanto que na área do centro direita se fala das vários candidatos a candidatos, mas não há nenhum formalizado, nem há sequer movimentos públicos e assinaturas, porque isso altera completamente a lógica das legislativas e perturba as legislativas”, disse.


Marcelo Rebelo de Sousa invoca ainda uma segunda razão para não revelar se já tomou uma decisão: “Nós temos assistido a uma modificação de cenários desde que começamos a comentar”, lembra, salientando que “nada está seguro, nem estará seguro”. O comentador diz depois que concorda com Pedro Santana Lopes que “esta semana disse uma coisa com alguma sensatez” ao referir que “o prazo para entrega de candidaturas vai até dezembro e que o que pode haver é um retardamento das candidaturas e não uma aceleração das candidaturas”.

Marcelo responde depois mais claramente a Marques Mendes dizendo que traçar cenários é um “risco” e que se trata de “psicologia política” avançar com cenários que podem ou não ocorrer. Questionado sobre se estaria mais inclinado para “mais ou menos”, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: “Isso não há mais ou menos”.

Sobre os candidatos socialistas, Marcelo considera que tanto Maria de Belém como Sampaio da Nóvoa são dois bons candidatos à Presidência da Republica
e que os resultados de cada um - a confirmarem-se ambos na corrida a Belém- deverá depender também da votação que António Costa tiver nas legislativas. 

Já Sobre a campanha para as legislativas
, Marcelo considerou que a coligação teve uma ação muito forte nas últimas semana e que António Costa tem de mobilizar o partido rapidamente para recuperar. Para o comentador da TVI, depois de ouvir a festa do pontal, percebe-se que a coligação "Portugal à Frente" tem o discurso estabilizado: vai fazer uma campanha a falar pouco do futuro mas a mostrar o que considera ser os bons resultados dos últimos quatro anos.
 
Marcelo Rebelo de Sousa comentou ainda os episódios dos cartazes
considerando que a forma como os partidos, quer do PS quer da coligação, geriram o tema denota que têm dificuldade em lidar com a realidade. Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que em alguns casos vendeu-se “gato por lebre” e no caso do PS salientou que António Costa é o “grande trunfo” dos socialistas e como tal deve ser ele a figura central. 

O comentador da TVI falou ainda sobre o caso Sócrates
e a polémica com a venda do apartamento a um advogado paquistanês. Marcelo afirmou que caso Sócrates pague ao amigo Santos Silva parte do empréstimo que este lhe fez com o dinheiro da venda do apartamento, acusação perde um argumento.
 

“Se José Sócrates fica em posição de pagar uma parte considerável da dívida, o que esvazia um bocadinho a fundamentação da acusação”, disse.

 

 
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