«Não percebo histeria em relação a exames do 4º ano» - TVI

«Não percebo histeria em relação a exames do 4º ano»

Constança Cunha e Sá defende sistema de responsabilização dos alunos e critica defensores do «eduquês»

Constança Cunha e Sá mostrou-se, esta quarta-feira, completamente de acordo com o Governo e com o ministro da Educação na questão do regresso dos exames ao ensino Básico, nomeadamente no 4º ano de escolaridade. A comentadora defendeu, na TVI24, que um sistema de rigor e de responsabilização é fundamental na trajetória de qualquer aluno e apontou o dedo aos críticos defensores do «eduquês».

No espaço de análise nas «Notícias às 21:00», Constança Cunha e Sá disse não conseguir «perceber a histeria que para aí vem, das associações de pais e dos professores, em relação a esta medida». A comentadora considerou serem «perfeitamente excessivas» as críticas, por um lado, à alteração de local a que as crianças são sujeitas [porque não fazem este exame na própria escola] e, por outro lado, porque agora os exames do 4º ano passam a contar para a nota.

«Eu acho que as crianças, os alunos, não devem viver sob uma campânula, imunes a qualquer responsabilidade, imunes a qualquer obstáculo, imunes a tudo, porque isso não os prepara para a vida. Acho que a entrada dos exames no 4º ano - que não tem valor eliminatório, vale 25% da nota - não me parece que seja algo que faça as crianças ficarem aterrorizadas», defendeu. «O rigor, a exigência, a responsabilização, fazem parte da trajetória de um aluno», explicou.

Para Constança Cunha e Sá, «é evidente que esta efervescência, esta histeria toda, é fruto daquilo que o ministro Crato chamou, e bem, o eduquês, em que a escola é um local de diversão», em que a criança «não pode ser sujeita a exigência porque a aprendizagem é uma brincadeira».

A comentadora defendeu que, «aos poucos e poucos, tem que ser também introduzida na educação das crianças a ideia de que há obstáculos, a ideia de que há rigor, que há exigências e que não é uma festa permanente em que andamos todos a brincar uns com os outros».

«Eu, neste ponto, estou completamente de acordo com o Governo e estou completamente de acordo com o ministro da Educação. E acho que a histeria e o nervosismo foram muito mais dos críticos do que propriamente dos alunos que fizeram os exames», concluiu.
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