«O Presidente está a tornar-se cada vez mais o terceiro elemento da coligação» - TVI

«O Presidente está a tornar-se cada vez mais o terceiro elemento da coligação»

«O Presidente está a tornar-se cada vez mais o terceiro elemento da coligação»

Comentário de Constança Cunha e Sá na TVI24

Constança Cunha e Sá comenta as palavras de Cavaco Silva dizendo que há limites que não podem ser ultrapassados para pontar que «o ponto é esse»: o Presidente da república «não diz se há limites que já foram ultrapassados».

«O Presidente da República não diz rigorosamente nada sobre as medidas que foram apresentadas em Conselho de Ministros», afirma a comentadora de política da TVI frisando que Cavaco «esquece-se, convenientemente, da convergência da Caixa Geral de Aposentações com a Segurança Social». «Não fala disso, à semelhança do que acontece com os vários intervenientes do Governo», acrescenta.

«Isto ultrapassa ou não os limites da dignidade? Sobre isso o Presidente é completamente omisso. E está a tornar-se cada vez mais o terceiro elemento da coligação», considera Constança Cunha e Sá explicando que Cavaco «vai perdendo manobra» e «a única coisa que ele consegue gerir são as birras, guerras e divergências entre os parceiros de coligação».

A comentadora da TVI diz que «o Presidente da República esquece-se propositadamente que essa medida» - a TSU dos reformados ¿ «foi aprovada em Conselho de Ministros» e que «sabe tão bem como nós que foi necessário aprovar essa medida em Conselho de Ministros sob pena de a sétima avaliação não ser fechada». «Porque a Troika exigiu», resume.

«Esta taxa está lá só para enganar a Troika? É isso que ele quer dizer? A taxa existe, está lá, mas não liguem a isso, porque eu tenho a garantia informal dos partidos da coligação que ela não é para ser aplicada; embora tenha sido aprovada. E foi aprovada para Troika ver? É o próprio Presidente da República que vem desautorizar um Conselho de Ministros? E ao mesmo tempo dizer esta medida existe mas estamos aqui a brincar com a Troika; não é para ser levada a sério, é só para a Troika fechar a sétima avaliação», questiona a comentadora da TVI.

«Não vi Vítor Gaspar assumir compromisso nenhum. Ele nem sequer estava no Conselho de Ministros onde foi assumido esse compromisso. Resta saber se a Troika e Vítor Gaspar assumiram esse compromisso. Para a Troika, o que lá está é que a medida vai ser aplicada», refere.

Constança Cunha e Sá diz que «ficamos a saber pelo Presidente que esta guerra se vai manter até ao orçamento de estado de 2014 (entre CDS e PSD) para retirar ou não a medida que apresentaram à Troika. E presume-se, embora o presidente não tenha dito, que, se essa medida aparecer no Orçamento de 2014, que o Presidente mande para o tribunal constitucional. É o que se deduz», assume Constança Cunha e Sá frisando, porém, que «o Presidente não pode prestar-se a estes papéis, sob pena de perder a credibilidade».
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