«O que seria extraordinário é que houvesse aumento de impostos» - TVI

«O que seria extraordinário é que houvesse aumento de impostos»

Constança Cunha e Sá comenta na TVI24 a aprovação do Orçamento Retificativo

Constança Cunha e Sá chamou, esta terça-feira, a atenção para a estratégia de comunicação do Governo. No dia em que o Orçamento Retificativo foi aprovado em Conselho de Ministros, e em que o Executivo anunciou que o documento não traz aumento de impostos, a comentadora sublinhou, na TVI24, que este tipo de anúncio corresponde a um «clássico» na atuação do Governo, «que mais ou menos funciona».

«Um Orçamento Retificativo aprovado sem aumento de impostos... como se isso fosse uma maravilha. O que seria extraordinário é que houvesse nesta altura, depois da carga fiscal a que estamos sujeitos e depois das receitas fiscais terem ultrapassado tudo o que era previsível, que houvesse aumento de impostos», ironizou Constança Cunha e Sá, no espaço de análise nas «Notícias às 21:00».

Para a comentadora, o que está em causa é uma forma de comunicação que o Governo «tem tido em variadíssimas ocasiões». «Começa sempre por acenar um balão de ensaio sobre uma coisa que pode ser muito má para depois chegar à conclusão que, afinal, a coisa que é normal é muito boa», explicou Constança Cunha e Sá.

A comentadora constatou que a estratégia do Governo acaba por funcionar, mas trata-se de um engodo. Constança Cunha e Sá explicou porquê: um Orçamento Retificativo aprovado sem mais impostos «não é nada uma coisa muito boa, porque quem paga este Orçamento Retificativo em primeiro lugar são os contribuintes», defendeu, referindo os 735 milhões que o Executivo foi buscar em impostos e que vão colmatar a derrapagem da despesa.
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