A posição do PS face ao Orçamento dependerá da capacidade de abertura do Governo para alterar algumas das medidas de austeridade, mas continua a fazer tabu sobre o sentido de voto.
Falando aos jornalistas no final de uma curta reunião da bancada do PS, dedicada à análise da proposta de Orçamento do Estado para 2012, o presidente do Grupo Parlamentar dos socialistas definiu a proposta orçamental do Governo como «desumana» e «iníqua».
Mas, quando interrogado sobre como se vão traduzir essas críticas violentas em termos de sentido de voto, ou seja, no concreto, Carlos Zorrinho nada adiantou. «A decisão sobre a votação deste Orçamento será tomada nos órgãos próprios e no momento próprio».
Para o líder da bancada do PS, «o Governo está a pôr em prática - através do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, mas com a cumplicidade de todo o executivo - um experimentalismo teórico, académico, sem nenhuma preocupação com as pessoas ou com as empresas».
«Sempre dissemos que a repartição dos sacrifícios não pode ser feita de uma forma iníqua. Neste Orçamento, só para dar um exemplo de iniquidade, 65 por cento do esforço é feito pelas famílias».
«Esperamos que o Governo ouça os portugueses, ouça o PS, que desde sempre tem dito que não é possível um Orçamento sem economia e sem equidade social, e ouça o Presidente da República, que quarta-feira afirmou aquilo que o PS tem vindo a defender há bastante tempo», disse à Lusa.
OE2012: Voto do PS não é seguro
- tvi24
- CF
- 20 out 2011, 12:13
Os socialistas querem que o Governo faça algumas alterações na proposta para Orçamento do Estado
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