OE2019: Carlos César apela ao sentido de responsabilidade de BE e PCP - TVI

OE2019: Carlos César apela ao sentido de responsabilidade de BE e PCP

  • (Atualizada 13:13) ALM com Lusa
  • 3 jul 2018, 11:10

Socialista está convicto de que os parceiros da esquerda não querem voltar a uma situação de isolamento político

O líder parlamentar do PS afirmou hoje esperar que as negociações do próximo orçamento sejam caracterizadas pelo "indispensável sentido de responsabilidade", manifestando-se convicto de que os parceiros da esquerda não querem voltar a uma situação de isolamento político.

Carlos César falava na abertura da sessão plenária das Jornadas Parlamentares do PS, num longo discurso em que se referiu às negociações do Orçamento do Estado para 2019.

É uma apreciação que esperamos que seja concluída o mais depressa possível, que seja marcada pela convergência e pelo indispensável sentido de responsabilidade que estão envolvidos nesse diálogo. Outra coisa que não se espera dos partidos que certamente que se orgulham dos resultados destes três anos de atividade governativa, até porque nem o PS se desviou do seu percurso, nem os partidos que têm apoiado o Governo querem voltar a um regime de isolamento e a uma falta de influência na política portuguesa", declarou Carlos César, numa alusão ao Bloco de Esquerda, PCP e PEV.

No contexto destas advertências, o presidente do Grupo Parlamentar do PS advogou depois que, para trás, na presente legislatura, "estão três anos de superação de dificuldades e de grandes realizações, em que se contou com a colaboração ativa do PEV, PCP e Bloco de Esquerda".

Uma colaboração que também gostaríamos de ter obtido, com maior comprometimento, em outras processos reformistas, caso das questões da descentralização ou do Plano Nacional de Investimentos", afirmou - aqui numa alusão a áreas de acordo entre o Governo com a atual direção do PSD.

Em relação ao próximo quadro financeiro plurianual, Carlos César disse esperar que a próxima década seja de convergência de Portugal com a média da União Europeia.

"Temos de concretizar uma estratégia que seja possível ultrapassar problemas de desigualdades, como as que sentimos no interior do país, em particular no Alentejo", declarou, num período final da sua intervenção em que elogiou "a forma coerente e destemida como o primeiro-ministro, António Costa, tem defendido o país junto da União Europeia".

Carlos César saudou ainda a recente eleição do antigo ministro e dirigente socialista António Vitorino para diretor-geral da Organização Internacional das Migrações.

O PS está uma vez mais muito orgulhoso por alguém, saído das suas fileiras, ocupar um lugar tão honroso e tão importante no plano internacional", acrescentou.

Este domingo, o líder do PCP, Jerónimo de Sousa, realçou que o partido “mantém a sua autonomia e a sua independência de avaliação” face a uma proposta que, sublinha, ainda não é conhecida.

Já o Bloco de Esquerda, pela voz de Catarina Martins, acusa o Governo de conhecer os custos quando aprovou a medida [para contar todo o tempo de serviço dos professores] e de estar aliado ao PSD nesta matéria. Isto depois de o primeiro-ministro, António Costa, reafirmar que não há dinheiro para levar a cabo a medida em causa.

Os Verdes reúnem-se com António Costa na quarta-feira

Dirigentes do Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) reúnem-se na quarta-feira, pela manhã, com o primeiro-ministro, António Costa, entre outros membros do Governo, no arranque formal das negociações para o Orçamento do Estado para 2019 (OE2019).

Segundo fonte ecologista, o encontro está agendado para as 11:30, nas instalações provisórias do chefe de Governo do Terreiro do Paço, enquanto a residência oficial de São Bento está em remodelação, não estando previstas quaisquer declarações à comunicação social.

António Costa já recebeu a líder do BE, Catarina Martins, há 15 dias, também no contexto da discussão do futuro OE2019, tal como sucedera no ano passado, continuando a decorrer as reuniões setoriais quotidianas na Assembleia da República.

O PEV é um dos três partidos, juntamente com BE e PCP, que assinou posições conjuntas com o PS permitindo, em novembro de 2015, a viabilização do Governo.

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