Pacheco Pereira promete um PSD atento, que fará «o escrutínio» do Governo «quase em tempo real». O social-democrata, que está este sábado em Castelo de Vide na Universidade de Verão, aponta a estratégia a seguir: com «acompanhamento qualificado», os anúncios do Executivo serão analisados e «desconstruídos» por uma equipa que irá reunir informação.
«O partido de oposição tem escrutinar o Governo e não propor alternativas; e o Parlamento é o primeiro lugar para o escrutínio», garante o historiador e militante de base, como faz questão de frisar.
Para Pacheco Pereira, o novo plano de comunicação do PSD é simpes. «Por exemplo, se após o anúncio do Governo sobre o computador Magalhães, uma equipa tivesse começado a pesquisar sobre a matéria, poderia rapidamente ter apontado quatro ou cinco mentiras ditas pelo primeiro-ministro».
«Vamos medir, a partir de agora, a relação entre o silêncio e as falas»
Questionado pelos jornalistas sobre o silêncio do PSD nesta e noutras matérias, Pacheco Pereira levanta o véu sobre os próximos tempos de rentrée política: «Vamos, a partir de agora, medir a relação entre o silêncio e as falas», afirmou, apesar de contestar que Ferreira Leite tenha estado em «silêncio»: «Isso foi uma mera invenção comunicacional»; «temos de descansar desse palavreado todo e dos enormes estragos que isso fez à credibilidade do PSD».
Nesta conversa com os jornalistas, antes da intervenção que fará, esta noite, na Universidade de Verão, Pacheco Pereira recordou a «enorme diferença entre Manuela Ferreira Leite e as últimas direcções do PSD: o "menino-guerreiro" foi o expoente máximo do culto de personalidade», acusa, lembrando uma banda-sonora que acompanhava as acções de campanha de Santana Lopes nas legislativas de 2005. E «a líder do partido deve falar por excepção e não por regra».
Governo vai ser fiscalizado «ao minuto»
- Judite França
- 6 set 2008, 20:51
PSD fará o escrutínio dos anúncios do Executivo socialista, «quase em tempo real», com uma «equipa qualificada», promete Pacheco Pereira
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