O PS rejeitou esta terça-feira um requerimento do CDS-PP para ouvir no Parlamento o inspector-geral da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), António Nunes, sobre a alegada «fixação de objectivos» quantificados aos inspectores, escreve a lusa.
Em declarações à Agência Lusa, o deputado democrata-cristão Hélder Amaral lamentou que o PS tenha «chumbado» a iniciativa, argumentando que uma audição na Assembleia da República «é a melhor forma de avaliar e apurar a verdade».
«É inaceitável que as direcções regionais da ASAE se imponham objectivos quantificados daquela natureza e que o inspector-geral não saiba ou que, sabendo, não faça nada», disse Hélder Amaral.
O requerimento foi rejeitado pelo PS, que argumentou que António Nunes será ouvido no Parlamento no âmbito da «actividade normal da comissão» ainda na presente sessão legislativa.
No final de Abril, o CDS-PP divulgou um documento oficial da ASAE, distribuído na Direcção Regional do Norte, que quantificava os objectivos anuais para cada inspector quer ao nível de infracções, quer de processos-crime e fecho de estabelecimentos.
Inspector-geral da ASAE «faltou à verdade»
Na altura, António Nunes disse que existem metas globais ou regionais mas não objectivos quantificados.
No passado sábado, o semanário Expresso divulgou um documento elaborado pela Direcção de Planeamento e Controlo enviado às direcções regionais fixando objectivos de resultados aos seus inspectores para este ano.
Na sequência da notícia, a ASAE esclareceu que distribuiu, por engano, pelas direcções regionais, um documento «não validado» que aparentemente quantificava objectivos, mas que consistia apenas num ficheiro de trabalho com «resultados previsíveis».
O deputado Hélder Amaral defendeu que «é preciso esclarecer qual a validade desse documento de trabalho», frisando que os inspectores «sentem-se pressionados» a atingir os objectivos indicados nos documentos.
ASAE: PS rejeita audição do inspector-geral
- Redação
- PP
- 13 mai 2008, 17:50
CDS tinha feito um requerimento a pedir que António Nunes explicasse «fixação de objectivos»
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