BE diz que Governo «não é confiável» - TVI

BE diz que Governo «não é confiável»

Parlamento

Luís Fazenda acusa o Executivo de ter uma agenda escondida e semi-oculta

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O líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Luís Fazenda, acusou esta sexta-feira o Governo de não ser «confiável» e de ter uma agenda escondida. Depois de afirmar que «a agenda da troika ficou de fora do debate eleitoral», tendo algumas medidas como o corte da TSU sido anunciadas, mas não a forma como seriam postas em prática. Luís Fazenda diz ainda que «agora o Governo apresenta medidas de que nem tinha falado», referindo-se ao imposto extraordinário equivalente a 50% do subsídio de Natal acima do salário mínimo que Passos Coelho anunciou quinta-feira.

«O primeiro-ministro pede-nos um pacto de confiança. Como é que se faz um pacto de confiança quando as intenções dos parceiros são escondidas e semi-ocultas? Como é que se faz um pacto de confiança com alguém que não é confiável e não diz ao que vem?», questionou.

Recordando que esta quinta-feira o ministro das Finanças, Vitor Gaspar, anunciou que o Governo vai fazer um corte de «mais mil milhões de euros» na despesa, Luís Fazenda frisa: «Não nos disseram onde nem quando [vão cortar], fica assim como uma espada brandindo». Mas o deputado «adivinha» que será novamente sobre quem tem rendimentos mais baixos.

Para Luís Fazenda, «ficou subentendido que vai haver um orçamento rectificativo e, pelo tom do debate, percebe-se que estão a tentar ter o PS como aliado» para esse orçamento rectificativo, o que, para o líder parlamentar do BE «não se afigura muito difícil».

Já ter o BE como aliado não será tão fácil. «O senhor primeiro-ministro pediu-nos um consenso alargado. Não partilhamos desta política de austeridade», garantiu, afirmando que com este Governo «não iremos de PEC em PEC, iremos de outros programas de austeridade, em outras medidas de austeridade».

E diz que o partido estará «unha com carne com as lutas sociais», avisando que «as lutas sociais estão mais próximas desta porta [da Assembleia da República] do que alguma vez estiveram».
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