BE entrega hoje pedido de participação judicial contra Machete - TVI

BE entrega hoje pedido de participação judicial contra Machete

João Semedo

João Semedo será recebido às 12:00 desta terça-feira pela presidente da AR, Assunção Esteves, a quem vai pedir que o Parlamento desencadeie os procedimentos legais contra o ministro

O Bloco de Esquerda (BE) entrega, esta terça-feira, à presidente da Assembleia da República um requerimento a pedir que o parlamento faça uma participação à Procuradoria-Geral da República contra o ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, confirmou o partido à Lusa.

O site do semanário «Expresso» avançou na segunda-feira à noite que em causa «está o facto de Machete ter, em 2008, enviado uma carta aos deputados na qual garantia que nunca teve ações da Sociedade Lusa de Negócios», conforme o jornal revelou na edição em papel de sábado.

Fonte oficial do BE confirmou à Lusa que o coordenador do BE, João Semedo, será recebido às 12:00 desta terça-feira pela presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, a quem vai pedir que o parlamento desencadeie os procedimentos legais contra o ministro dos Negócios Estrangeiros.

No sábado, João Semedo já tinha pedido a demissão do ministro dos Negócios Estrangeiros, por este ter alegadamente mentido ao parlamento em 2008.

Em conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa, o coordenador do BE apresentou uma carta de 2008 do agora ministro em que este revelava que nunca tinha sido acionista da SLN, ex-dona do BPN, o que, disse o bloquista, se sabe hoje que «é uma redonda mentira».

Nesse dia, João Semedo afirmou que a «prova documental e irrefutável» apresentada naquele dia deveria resultar em consequências do foro político e a que o parlamento não poderia ficar indiferente.

«A Procuradoria-Geral da República (PGR) é quem lida com estes casos. O parlamento deve apresentar queixa à PGR e se o parlamento não o fizer, nós não deixaremos que o parlamento deixe de o fazer», declarou.

Rui Machete admitiu que cometeu uma «incorreção factual» ao escrever, na carta de 2008, nunca ter tido ações da Sociedade Lusa de Negócios, mas disse não haver qualquer intenção de o ocultar.
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