Moção de rejeição aprovada: Governo de Passos e Portas cai - TVI

Moção de rejeição aprovada: Governo de Passos e Portas cai

Deputado do PAN juntou-se a PS, BE, PCP e PEV

A moção de rejeição ao programa do Governo apresentada pelo Partido Socialista foi aprovada esta tarde, na Assembleia da República, com os votos a favor de PS, PCP, BE, PEV e PAN.

A moção obteve 123 votos a favor e 107 contra. Este “chumbo” implica a demissão do Executivo PSD/CDS-PP.

PSD e CDS-PP votaram, naturalmente, contra a moção de rejeição.

O deputado do PAN, André Silva, era o único que ainda não tinha anunciado a sua intenção de voto.

Nenhum deputado se absteve na votação, mantendo a orientação dada pelas lideranças parlamentares.

A mesa da Assembleia da República decidiu não votar as outras três moções de rejeição, que tinham sido apresentadas por BE, PCP e PEV.

No final da votação, António Costa dirigiu-se à bancada do Governo para cumprimentar Passos Coelho e Paulo Portas.

O "chumbo" do programa do Governo foi celebrado na manifestação que ainda decorre em frente à Assembleia da República, que foi organizada pela CGTP

Antes da queda do Executivo, o encerramento do debate sobre o programa do Governo ficou marcado pelo discurso de António Costa. Pela primeira vez, o secretário-geral socialista  falou no hemiciclo sobre a aliança que estabeleceu com os partidos mais à esquerda e frisou que este "não é um acordo para a a fotografia".

Quem terminou as intervenções foi Pedro Passos Coelho que, não atirando a toalha ao chão, acusou Costa de "apetite pelo poder" e alertou que "o governo que aí vem" não é a solução alternativa estável e consistente que o líder socialista tinha prometido. Deixou ainda uma garantia: vai continuar a lutar pelo país, no parlamento.

Do lado do BE, Catarina Martins disse que os bloquistas trabalharam “afincadamente" numa “convergência ampla” com PS e PCP, que permitisse uma solução para a legislatura. “E foi possível”, destacou. A dirigente do Bloco descreveu o atual momento da política portuguesa: "Estamos a fazer o que nunca foi feito… e ainda bem. Estava mais do que na hora”, defendeu. 

Quanto ao PCP, Jerónimo de Sousa destacou o "alívio dos portugueses" com uma alternativa de Governo. O líder comunista sublinhou que o partido, em conjunto com o PS e o BE, criaram "condições institucionais e políticas" para "outra solução governativa", num discurso que mereceu aplausos das bancadas da esquerda.

Acompanhe aqui o "filme" destes dois dias no Parlamento AO MINUTO.
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