Partidos fecham 2018 com contas positivas excepto o PCP - TVI

Partidos fecham 2018 com contas positivas excepto o PCP

  • JFP
  • 17 jun 2019, 18:34
Parlamento

PS, PSD, CDS-PP, PEV, BE e PAN fecharam o ano passado com resultados positivos, alguns deles recuperando face a 2017

Os partidos com representação parlamentar fecharam o ano de 2018 com resultados líquidos positivos, à exceção do PCP, de acordo com as informações prestadas à Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP).

PS, PSD, CDS-PP, PEV, BE e PAN fecharam o ano passado com resultados positivos, alguns deles recuperando face a 2017, outros apresentando piores resultados.

No balanço das contas anuais de 31 de dezembro de 2018, o PCP apresenta um resultado líquido negativo de 825.189,07 euros, enquanto em 2017 apresentou um resultado positivo de 246.033,41.

Apesar do fundo de capital ascender a mais de 17 milhões de euros e os depósitos bancários somarem mais de três milhões, os comunistas gastaram 3,5 milhões de euros com pessoal e 3,4 milhões em fornecimentos e serviços externos.

Com as quotas e contribuições dos filiados e eleitos, a subvenção pública anual e angariações de fundos, o PCP conseguiu arrecadar mais de 8,23 milhões de euros no ano passado.

Já o CDS-PP, partido liderado por Assunção Cristas, teve no ano passado um resultado líquido positivo de 18.733,30 euros, enquanto em 2017 teve prejuízos de 377.186,14 euros, de acordo com as informações disponibilizadas à ECFP.

Apesar de ter conseguido rendimentos de mais de 1,48 milhões de euros, o partido gastou 748 mil euros com o pessoal e 646 mil euros com fornecimentos e serviços.

No banco, o CDS-PP tem cerca de 14.500 euros, menos de metade do que tinha em 2017 (33.200 euros).

Por seu turno, o PSD conseguiu em 2018 um resultado líquido de 770.045 euros, face aos 505.209 euros de 2017, de acordo com as contas anuais apresentadas à Entidade das Contas e Financiamentos Políticos.

Os maiores gastos dos sociais-democratas prenderam-se com fornecimentos e serviços externos, que levaram mais de 3,73 milhões de euros, e gastos com pessoal, 2,20 milhões, o que representa uma descida face aos gastos de 2017.

Quanto a rendimentos, o PSD arrecadou com quotas e contribuições de filiados e eleitos, subvenção anual e regional e donativos, um total de 7,5 milhões de euros, contando ainda com 2,2 milhões de euros no banco.

Em 2018, o PS apresentou um resultado corrente positivo de 392.420,40 euros, uma descida face ao ano anterior, quando registou um resultado positivo de 877.929,76 euros.

Os maiores gastos dos socialistas foram com fornecimentos e serviços (2,88 milhões de euros), seguido de gastos com pessoal (1,95 milhões), um aumento face às despesas de 2017.

Já relativamente a rendimentos, o Partido Socialista arrecadou 5,28 milhões de euros da subvenção pública e 1,82 milhões de euros de quotas de filiados.

No banco, o PS tinha no final do ano passado 200 mil euros, enquanto em 2017 contava com 1,18 milhões.

O BE teve um resultado líquido, no final de 2018, de 130.175,97 euros, quando, no ano anterior, tinha conseguido um resultado positivo de perto de meio milhão de euros.

Em quotas e contribuições de eleitos, os bloquistas arrecadaram mais de 250 mil euros, valor ao qual se juntam 1,5 milhões de euros de subvenção pública.

No que toca a gastos, o Bloco gastou um milhão de euros com fornecedores e 671 mil com pessoal.

No banco, o BE tinha, em 31 de dezembro do ano passado, 1,55 milhões de euros, mais 273 mil euros do que na mesma data de 2017.

Entre os partidos com representação parlamentar, o PEV apresentou em 2018 um resultado líquido de 8.172,39 euros, um aumento face ao ano anterior, que fechou com um resultado negativo de 10.548,55 euros.

Apesar de ter arrecadado perto de 150 mil euros com a subvenção estatal, o partido gastou quase o mesmo com fornecimentos e serviços externos e, apesar de terem reunido 27 mil euros com contribuições de eleitos e mais nove mil com quotas de filiados, os ecologistas desembolsaram quase 20 mil euros com pessoal.

O PAN, que conta com um deputado único na Assembleia da República, fechou 2018 com um resultado líquido positivo de 12.444,48 euros, face a 29.350,97 euros no ano anterior.

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