O PCP propôs a renacionalização dos CTT, num projeto de resolução entregue no Parlamento, em “defesa do serviço público postal” e como um “imperativo nacional, de soberania, coesão e justiça social”.
No texto que entregaram na Assembleia da República na segunda-feira e que foi divulgado esta terça-feira, em que recomendam ao Governo a renacionalização dos CTT, os comunistas recordam que foi o Governo PSD/CDS a consumar “uma velha aspiração do capital monopolista” e preparada por vários governos, “incluindo do PS” – a privatização da empresa em 2013 e 2014.
O objetivo do Executivo era, segundo o PCP, usar o dinheiro numa “hipotética redução do défice e da dívida” e por “nos bolsos dos novos donos” os lucros da empresa.
Desde 2009 a 2016, ainda de acordo com os comunistas, já encerraram 546 estações e postos dos CTT, reduzindo em centenas o número de trabalhadores, que levou à “degradação da qualidade do serviço”.
A solução proposta pelo PCP, mais do que resgatar a concessão do serviço postal, que poderia levar “à destruição de uma empresa centenária”, passar pela “recuperação do controlo público da empresa”.
É um imperativo que o Governo assuma a sua responsabilidade de órgão de soberania, revertendo a privatização dos CTT Correios de Portugal”, justifica o partido no texto do projeto de resolução entregue na mesa da Assembleia da República.
Um projeto de resolução não tem o valor de uma lei, fazendo uma recomendação ao Governo, neste caso propor a reversão da privatização dos CTT.