Todos os deputados aprovaram votos de pesar por Bruto da Costa e Miguel Veiga - TVI

Todos os deputados aprovaram votos de pesar por Bruto da Costa e Miguel Veiga

Votação do Orçamento de Estado para 2017

O antigo ministro e o fundador do PSD, recentemente falecidos, foram lembrados esta terça-feira na Assembleia da República. Votos de pesar foram aprovados por todos os deputados

Antigo ministro e conselheiro de Estado, Alfredo Bruto da Costa, foi lembrado como "grande português". 

No Parlamento, por unanimidade, foi aprovado um voto de pesar pela sua morte. O texto foi apresentado por todos os partidos com assento parlamentar e evoca a memória de um "homem de convicções profundas" e um "político rigoroso e empenhado", para além de tecer elogios a Bruto da Costa como "cidadão".

Com o seu falecimento Portugal perde um dos principais rostos à pobreza e exclusão", assinala o texto, recordando o antigo ministro, falecido no passado dia 11 de novembro.

Alfredo Bruto da Costa foi ministro dos Assuntos Sociais no Governo chefiado por Maria de Lurdes Pintassilgo (1979), provedor da Misericórdia de Lisboa e, entre 2003 e 2009, presidente do Conselho Económico e Social (CES), tendo ainda presidido à Comissão Nacional de Justiça e Paz.

O professor universitário esteve também na primeira linha dos "Estados Gerais" do PS antes das eleições legislativas de 1995, colaborando com o capítulo do programa dedicado ao combate à pobreza e criação do rendimento mínimo garantido.

Em setembro de 2014 tomou posse como conselheiro de Estado, por designação da Assembleia da República, em substituição de António José Seguro, que renunciou ao lugar no órgão político de consulta do Presidente da República depois de abandonar o cargo de secretário-geral do PS.

Alfredo Bruto da Costa permaneceu no lugar de conselheiro de Estado até janeiro deste ano.

Uma vida cujo "sotaque de ser é portuense"

Também por unanimidade, os deputados aprovaram um voto de pesar pela morte de Miguel Veiga, advogado e fundador do PSD, que morreu a 14 de novembro, aos 80 anos.

No texto, apresentado pelo PSD, é dito ser "oportuno e justo" que o nome de Veiga "seja lembrado na casa da democracia e liberdade". Porque o fundador do partido foi um "dos seus mais acérrimos príncipes defensores e praticantes".

Miguel Luís Kolback da Veiga nasceu no Porto a 30 de junho de 1936 e a sua dedicação à cidade permaneceu ao longo dos anos, bem evidente na ideia que defendia de que o seu "sotaque de ser é portuense".

Licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra, em 1959, ocupou o cargo de vice-presidente do partido e foi deputado da Assembleia Constituinte, não tendo nunca aceitado ser ministro.

O "ilustre do Porto" manteve-se sempre ligado à cidade e esta agradeceu-lhe: em 2007 com a Medalha Municipal de Mérito - Grau Ouro e em 2015 com a Medalha de Honra da Cidade.

Para além disso, presidiu à Comissão de Toponímia do Porto.

O histórico do PSD foi apoiante da candidatura do atual presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira (independente) e mandatário de Rui Rio (PSD) nas três eleições que o levaram a presidir à mesma autarquia, entre 2001 e 2013, em coligação com o CDS-PP.

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